O horror jihadista não tem limite: depois das meninas Kamikaze em Nigéria, forçadas pelos terroristas do Boko Haram a se fazerem explodir, um novo vídeo do EI mostra um menino de 10 anos matando dois reféns.

As imagens são chocantes, mostram como a loucura do terror não tem limites. Nos novos minutos de horror, postados nos sites jihadistas, o cenário é semelhante aos outros vídeos publicados nesses últimos meses pelos terroristas, porém nesse caso o carrasco é um menino que nem entrou na adolescência ainda. Uma propaganda atroz por parte de assassinos, "O Estado Islâmico chegou a um novo nível de depravação moral: eles usam uma criança para executar seus prisioneiros" diz Rita Katz numa mensagem no Twitter.

As vítimas, dois cazaques de 30 e 38 anos, foram acusados de serem "espiões do governo russo". Antes de serem executados os dois confessaram serem "agentes do FSB" - Serviço Federal de Segurança da Federação Russa - "enviados para a Síria para coletar informações sobre os Jihadistas e sobre os combatentes russos". As palavras dos dois espiões mostram que na Turquia estavam na pista de um "figurão" do Estado Islâmico, cujo nome, no entanto, é omitido. O mais jovem dos dois revela também que foi recrutado para matar um líder do Estado Islâmico.

Após a e execução, os dois homens aparecem no vídeo mortos com as mãos amarradas atrás das costas. As vítimas não estavam usando o uniforme laranja - tradicional dos prisioneiros de Guantánamo, a prisão estadunidense em Cuba para os terroristas - que é o que geralmente os jihadistas fazem usar aos reféns ocidentais, mas os dois cazaques utilizava um uniforme azul.

Atrás dos dois condenados há o menino com a arma e um terrorista com uma longa barba ruiva e um fuzil kalashinkov falando em russo: "Essa é a nova geração, eles são a geração que farão tremer a Terra".

Um vídeo arrepiante, que poderia ser apenas falso, artisticamente construído pelos homens do Estado Islâmico, hábeis comunicadores especializados de terror.

Apesar de as duas vítimas serem mortas com um tiro na cabeça, na verdade, não se vê sangue fluir a partir da parte de trás de cabeça dos reféns. Mesmo assim as imagens do vídeo são imagens que ainda deixam o mundo desanimado.