No último sábado (25), o Nepal voltou a ser massacrado por um terremoto, que além do país, atingiu também a Índia, China e Bangladesh, a 379 quilômetros do epicentro. Com uma magnitude de 7.9 na escala Richter, estimam-se mais de 1.100 mortes, além de vários monumentos históricos danificados, como por exemplo, a torre de Dharahara. Após o primeiro tremor, ocorreu uma réplica, não tão forte quanto a primeira, que, segundo testemunhas, durou mais de dez minutos.

Estando localizado no limite de grandes duas placas tectônicas, o Nepal sofreu alguns grandes terremotos na história recente.

Nos últimos oitenta anos, quatro terremotos, com magnitude maior do que 6.0 na escala Richter, aconteceram em um raio de 250 km do epicentro do de hoje, acarretando danos generalizados e perda de milhares de vidas.

Em agosto 1988, um terremoto de magnitude 6.9 matou quase 1.500 pessoas. Mas mais devastador de todos aconteceu em 1934, com uma magnitude de 8.0 que matou cerca de 10.500 pessoas, transformando a capital Kathmandu em destroços. Este abalo ficou conhecido como o terremoto Nepal-Bihar, o mais brutal da história do país.

A causa dos tremores na região é a junção das placas tectônicas da Índia e da Eurásia, que ficam sob a região do Himalaia. A placa tectônica indiana está se movendo para o norte, sob a placa tectônica da Eurásia, a uma taxa de 45 milímetros por ano, em um processo que é conhecido como "thrust fault".O sismólogo americano Paul Earle explica: "É isto que constrói a Cordilheira do Himalaia".

Foi essa "thrust fault" que causou a catástrofe de sábado. Muitas pessoas ainda estão soterradas e existe o risco de desabamentos, devido as encostas íngremes presentes na região. Fora isso, cientistas têm estimado que 105 milhões de pessoas sentiram pelo menos um "tremor moderado" durante o terremoto.

O terremoto de sábado foi considerado significativo o suficiente para merecer um "alerta vermelho", graças aos danos causados. Inclusive o governo do País pediu ajuda a comunidade internacional.