A frase "Há mais mistérios entre o Céu e a Terra do que sonha a nossa vã filosofia", se tornou famosa com o escritor inglês William Shakespeare. No mistério abordado aqui, altero a frase, incluindo o oceano. O enigma em questão é chamado de "Mar do Diabo", "Triângulo da Morte", "Triângulo Maldito", "Mar dos Barcos Perdidos", "Cemitério de Barcos", entre outros adjetivos atribuídos por pessoas que sobreviveram a tragédias no que é mais conhecido por todos como o "Triângulo das Bermudas".
Esta região engloba uma porção oceano Atlântico com uma linha imaginária interligando a Flórida, Porto Rico e as Ilhas Bermudas (nessas últimas, em 1790, o espanhol Juan de Bermudez teve o seu barco naufragado e conseguiu chegar a uma ilha, que batizou de Bermudas devido ao seu sobrenome). Pessoas que por um triz não sumiram no local, afirmam que repentinamente uma neblina muito intensa, embaçava o campo visual, unindo mar e céu num mesmo horizonte.
São conhecidos no globo terrestre outros locais tidos como portais dimensionais ou triângulos de tempestades com magnetismo; entretanto, o mais divulgado indubitavelmente é o Triângulo das Bermudas. Neste foram registrados ocorrências abundantes de desaparecimentos de aviões e barcos, sendo que alguns não deixaram rastros e outros, tempos depois foram encontrados, só que com um fator de complicação, não havia nenhuma pessoa a bordo das embarcações ou de que sequer, em algum momento tivessem estado ali, ou seja, tudo estava intacto, mas sem vestígio humano algum dos condutores.
O caso de maior repercussão se deu em 1945, quando cinco bombardeiros Torpedo, da Marinha dos Estados Unidos, decolaram de Fort Lauderdale, na Flórida para desaparecerem com 14 tripulantes nas aeronaves. O que ficou conhecido como o incidente do Vôo 19 (seu número de controle no tráfego aéreo), tornou a região famosa em todo o mundo pelos sumiços misteriosos.
Em 1970, a necessidade de explicação à sociedade sobre as Bermudas se tornou mais imperativa, surgindo investigações que criaram hipóteses variadas, só que acabavam levando a lugar nenhum. Estariam os OVNIs (se é que estes objetos voadores não identificados de fato existem ou não passam de fruto da imaginação supersticiosa humana) "roubando" aviões e barcos? Tormentas eletromagnéticas prejudicando os equipamentos de orientação e navegação das embarcações até pará-los por completo? Se bem que esta última pergunta-hipótese se torna incapaz de explicar o sumiço das tripulações em alguns poucos barcos encontrados posteriormente.
A teoria mais aceita atualmente é a das bolhas de gás metano que começou a tomar corpo em 1998 com o geólogo inglês Ben Chennell. Ele afirmava que a possibilidade de muitas reservas de gás metano concentrado em grandes quantidades e congelado no leito do oceano ao se liberarem, provocavam imensas explosões no mar e deslocavam ar e água, tendo como consequência, o naufrágio das embarcações que ali estivessem. Quanto aos aviões desaparecidos, poderia ser que nos casos extremos, as explosões poderiam super aquecer a estrutura das aeronaves, fazendo com que mergulhassem no Atlântico.
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