Uma mulher foi morta por outras mulheres, por estar amamentando seu filho em um local público. De acordo com alguns testemunhos, o bebê chorava com fome e a mãe estava amamentando ele por baixo da burka, quando foi detectada por mulheres daal-Khansaa Brigade, uma força policial feminina do Estado Islâmico. As mulheres tiraram o bebê dos braços da mãe e mataram ela. Segundo algumas testemunhas, antes de morrer, a vítima terá sido ainda mutilada, em um dos ataques mais cruéis que está sendo relatado pelo Sunday Times.
A al-Khansaa Brigade foi criada há mais de um ano e é composta somente por mulheres que defendem os "bons costumes" e não aceitam "faltas de respeito" contra o Estado Islâmico.
As policiais têm sua brigada em Raqqa, a capital do Estado Islâmico, na Síria.
Elas se vestem comburka, todas de preto e, alegadamente, andam sempre fortemente armadas, interpelando quem viole as regras que elas mesmo definem. O caso relatado pelo Sunday Times seria um dos mais bárbaros cometidos por essa brigada, ao retirarem um bebê dos braços de sua mãe, que puniram apenas por tentar matar a fome de seu filho. Mesmo que amamentar um bebê não seja um bom costume para as regras tão rígidas do Estado Islâmico, a mãe teve ainda o cuidado de esconder o momento e deu de mamar para o bebê debaixo da burka, sem mostrar qualquer parte de seu corpo.
Mulheres submissas aos maridos
Defensoras da moral, essas mulheres da forçaal-Khansaa Brigade têm sido acusadas de cometer crimes horríveis e diversos espancamentos.
Agem em conjunto e quase sempre contra mulheres ou crianças. Mas estão longe de ser uma força independente. Até porque uma de suas principais regras é que todas as mulheres devem ser submissas e responder a todas as vontades dos homens.
Em um Estado em que violar mulheres e ter escravas sexuais não constitui qualquer crime e está sendo até encarado com normalidade, essas mulheres não estão lutando por elas mas alegadamente contra as outras mulheres. E defendem até que uma menina com nove anos já está preparada e pronta para casar, e servir a todas as vontades de seus maridos, a quem devem ser submissas.