No ano de 2014, a Volkswagen anunciou a compra da Scania por quase 7 bilhões de euros, um passo considerado ousado, mas importante para a empresa entrar de forma competitiva no mercado de caminhões. Os alemães têm o controle de 90% das ações da marca sueca. 

Na última semana, o jornalista Adamo Bazani, especialista em transportes, publicou em seu blog a notícia de que a Volks analisa a possibilidade de efetuar a venda de algumas de suas marcas, entre elas: Scania, Ducati e MAN.

A notícia, também divulgada pela agência internacional Bloomberg, foi confirmada pelo presidente da companhia, Matthias Mueller. 

Entre os motivos para a intenção de venda, estariam a necessidade da empresa se adequar aos novos padrões de exigências do mercado internacional e a influência negativa do caso "dieselgate" no qual a montadora foi acusada de alterar (para baixo) os resultados de medições realizadas envolvendo emissões dos poluentes.

Os prejuízos para o grupo ainda são incalculáveis. Até o momento, cerca de 18 bilhões de dólares já foram pagos em multas e mais de 10,5 milhões de veículos deverão passar por ajustes em seus softwares para que não mais escondam a poluição que realmente geram por aí. 

Segundo especialistas, o momento é propício para realizar a venda tanto da Scania como da MAN, ambas voltadas para ônibus e caminhões.

Na Europa, a procura por veículos comerciais cresce a cada dia. As motos Ducati também têm alta aceitação e certamente qualquer negociação que envolva a marca italiana deve engordar a conta corrente da Volkswagen.

Existe ainda a possibilidade de reunir todas as operações em uma só, assim como Ford e GM fizeram com a Visteon e a Delphi, respectivamente, ampliando a eficiência e trazendo ganhos nos processos produtivos. 

Desde 2015, a Volks cogita se livrar de algumas de suas marcas para fazer caixa e quitar dívidas que ultrapassam os 20 bilhões de dólares. Bentley e Lamborghini também estaria na mira dos executivos, mas ao menos por enquanto, a venda dessas marcas não passa de especulação.