Para quem achou que o caso de Benjamin Button, dos cinemas, era apenas ficção, se enganou. Bayezid Hossain, um menino de apenas 4 anos, tem aparência de um homem velho e não pode ir à escola, por conta do bullying.
O menino possui uma síndrome extremamente rara. O garoto, que mora em Bangladesh, possui a pele flácida e dores reumáticas de uma pessoa velha. Além disso, seus dentes apresentam uma fraqueza característica de pessoas idosas.
O garoto tem inteligência acima da média, uma mente muito boa, mas seu corpo envelhece muito mais rápido que a taxa normal.
Essa doença é conhecida como Progeria, doença. inclusive, que inspirou o filme de F Scott Fitzgerald : 'O curioso caso de Benjamin Button'. Na ficção, Benjamim regride sua idade, infelizmente, nisso, a ficção deve divergir da realidade. O garoto não irá regredir, segundo especialistas.
Seu rosto tem a pele flácida e enrugada. Sua mãe, de apenas 18 anos, Tripti Khatun, se diz feliz com a inteligência do garoto, que é bem acima da média, mas, por outro lado, se solidariza com o filho, que nem mesmo consegue amigos para brincar, por conta da sua aparência.
Bayezid Hossain nasceu numa maternidade do estado, em 2012. Na ocasião, Tripti e seu também jovem marido, Lovelu Hossain, que tem 22 anos, se desesperaram ao saber da síndrome e que provavelmente não haveria cura.
Os pais contam que o menino nasceu com aparência 'pele e osso', e relatam o quão foi doloroso para os jovens pais se depararem com a notícia.
Hoje, mesmo com inteligência acima da média, ele não pode frequentar a escola. O garoto desvia atenção dentro da sala de aula, além de ser alvo da crueldade ingênua dos amigos que criticam sua aparência.
Então, para preservar o menino e diminuir a dor de Bayezid, os pais evitam o estresse.
Tripti e Lovelu são primos de primeiro grau, mas não se sabe se o parentesco ocasionou a síndrome do menino.
Onde moram, a comunidade não consegue compreender e ajudar. Tripti conta que os vizinhos tratavam Bayezid como uma atração de circo.
Por pressão da comunidade, o casal e a criança decidiram se juntar aos avós Hashem Shikdar, 50, e Ayesha Begum, 40. Já nessa nova comunidade, e depois de um tempo, os vizinhos começaram a aceitar a presença do menino, que adora jogar bola.
Bangladesh tem um salário mínimo de aproximadamente R$200,00 (em equivalência) e o pai afirma já ter gasto o equivalente a mais de R$16 mil, com médicos e curandeiros na tentativa de reverter a síndrome. Segundo Debashis Bishwas, um consultor do Magura Central Hospital, a vida do menino deve durar no máximo mais uns 15 anos. O médico acredita se tratar de progeria e cutis laxa, doenças que tem os mesmos sintomas.
O casal disse que gostaria de ter mais filhos, mas diante do fato, se retraíram.