Um prédio de dez andares localizado em Gaza foi bombardeado na manhã deste sábado (15), resultante da nova onda de conflitos entre Israel e a Palestina. O edifício abrigava escritórios da Associated Press (agência americana de notícias) e também da emissora Al Jazeera. A presença de jornalistas no local do ataque foi confirmada.

O ataque

Um tweet foi postado pela rede de TV Al Jazeera, no qual informavam que seus escritórios estavam alocados no local e confirmando a realização do ataque. A mesma emissora divulgou imagens do momento em que o prédio desaba nas redes sociais.

O jornalista Jon Gambrell publicou, um pouco antes do ataque, que teria recebido uma informação de que o edifício seria alvo de bombardeios e que o exército teria comunicado o proprietário do local. O edifício foi destruído após ser fortemente atacado por uma sequência de mísseis e tudo ficou reduzido a escombros.

O correspondente da AP, Fares Akram, também se manifestou nas redes sociais antes do ocorrido, confirmando a informação e dizendo que esperava que o exército recuasse, o que não ocorreu.

'Guerra'

O conflito considerado o mais violento desde 2014 já deixou rastros de destruição e mortes em Gaza e cidades israelenses. Após o ataque de Gaza contra Israel com foguetes, as tensões se intensificaram e os acontecimentos tomaram uma nova proporção desde a noite da última terça-feira (11).

Um dos motivos que teria causado o aumento do conflito teriam sido a expulsão de várias famílias palestinas que residiam no bairro Sheikh Jarrah na cidade de Jerusalém.

Enquanto a ONU e representantes da paz mundial clamam pelo fim da violência, Tor Wennesland, coordenador da ONU, afirma que as proporções dos ataques estão configurando para uma guerra em grande escala.

Ataques

A expulsão das famílias palestinas aumentou a tensão. Confrontos entre a força policial israelense e palestinos deixaram mais de cem pessoas feridas. No dia 10 de maio mais confrontos entre policiais na mesquita de Al Aqs resultou em centenas de pessoas mortas. Apedrejamentos e atropelamentos fizeram parte do resultado da "guerra".

Com a progressão da tensão, os ataques foram ganhando maior proporção e Jerusalém foi alvo de foguetes, fato este que fez com que Benjamin Netanyahu (ministro-israelense) prometesse devolver os ataques com grande força.

Apesar do exército de Israel contar com o domo de ferro, um sistema antimísseis, nem todos os ataques podem ser evitados.

Resultado dos ataques

De acordo com informações divulgadas pelas autoridades locais, os palestinos já registram 139 mortes dos quais 39 são crianças. Os feridos ultrapassam a marca de mil pessoas.

Israel registra até o momento 10 mortos e pelo menos 560 pessoas feridas nos ataques.