O deputado federal Jair Bolsonaro era contra a PEC 241, chamada de PEC do teto de gastos, mas votou a favor. Em reunião com o governo Temer ele conseguiu o que ele queria para sua categoria.
Bolsonaro chegou até mesmo postar um vídeo em sua rede social, onde disse que o governo de Temer tinha traído quem tinha lhe dado apoio, ele se referia aos militares das forças armadas.
No vídeo, Bolsonaro afirma que quem sai mais prejudicado com essa PEC 241 são os militares, porque também vão ter seus salários congelados, pelos próximos 20 anos. O deputado apontou que haveria outras soluções para a crise financeira que abala o país, como, por exemplo, a diminuição da taxa SELIC, referente à dívida externa.
Afirmou ainda que o governo não tinha independência para discutir a dívida e que ele está usando de prepotência com os militares.
Sendo assim, Jair Bolsonaro declarou que seu voto seria contra a PEC 241. Mas, na manhã dessa segunda-feira (10), ele mudou de opinião. Disse que conversou com a presidência, juntamente com os militares de alto escalão das forças armadas, e que o presidente disse que não iria se esquecer futuramente de fazer uma reformulação de toda as carreiras militares. Então declarou que iria votar a favor da PEC 241.
O fato gerou revolta entre os seus seguidores nas redes sociais. Normalmente, seus eleitores são muito fiéis as suas decisões, mas dessa vez não foi assim. Muitos comentários pedindo para que Bolsonaro revesse seu voto.
Uns diziam que “o Brasil não é feito de militares”, que ele estava “esquecendo o restante da classe trabalhadora”.
Bolsonaro foi categórico em responder que ele “representava uma classe”, no caso a dos militares, e que cada um que corresse atrás de defender a sua classe. E que ele “não podia ter negado algo bom para os militares”.
tentou se safar ainda dizendoque ele não podia fazer tudo sozinho que era apenas “um no meio de 500 deputados”.
Mesmo assim, seus seguidores rebateram dizendo que “o Brasil não é feito só de militares”. Nos comentários, é possível ver ou seguidores questionando ainda “como ficaria, então, as outras categorias que não terá aumento nem investimento, como a saúde e a educação”. Sobre isso, Bolsonaro não se pronunciou.