Após a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, internautas do país inteiro começaram a relembrar a Tragédia que vitimou o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos em 2014. Na época, Campos era candidato à Presidência da República e vinha crescendo nas pesquisas eleitorais. No entanto, ao relembrar o fato, usuários estão compartilhando uma notícia falsa sobre o piloto que estaria no avião do candidato, que faleceu aos 49 anos.
A informação, que já foi compartilhada mais de 288 mil vezes, diz que um laudo médico confirmou que o piloto de Eduardo Campos morreu por envenenamento (a manchete pode ser vista na imagem). A reportagem ainda prossegue e diz que o corpo do piloto teria sido encontrado em um motel. É nesse ponto em que a notícia se mostra mentirosa. O piloto do avião de Campos faleceu assim como todos os outros tripulantes na tragédia que aconteceu no dia 13 de agosto de 2014.
No entanto, a notícia tem o seu fundo de verdade, apenas está com os fatos mal colocados. Como é apurado, quem foi encontrado morto em um motel foi o dono do avião que caiu com o candidato a presidente de 2014.
O empresário Paulo Morato foi encontrado morto em um motel, em junho de 2016. O laudo médico de Morato confirmou morte por envenenamento, mas as autoridades até hoje não descobriram se foi suicídio ou se alguém o envenenou.
Na época, o empresário estava sendo procurado pela Polícia Federal em função da Operação Turbulências. Paulo Morato seria o mandante de um esquema que abastecia a campanha de Eduardo Campos através de propinas de obras feitas pela Petrobras. Morato também foi indicado como o dono do avião de Campos.
Reviravolta nas investigações de Eduardo Campos
Na tarde desta quinta-feira (19), o irmão de Eduardo Campos, Antônio, publicou no Facebook que há a existência de uma nova testemunha que pode mudar o rumo das investigações sobre a tragédia que aconteceu em 2014.
A revelação foi feita por sensibilidade à morte de Teori Zavascki.
"Num país em que líderes e autoridades morrem de forma misteriosa em acidentes aéreos e ainda impactado pela morte do ministro Teori, resolvi revelar esse fato novo e reafirmar que esse caso de Eduardo Campos precisa ser aprofundado e é mais um caso que não pode ficar impune. Não descansarei enquanto não forem esclarecidos os fatos, independentemente de eventuais riscos que posso correr", afirmou Campos.