Após um confronto com um Batalhão da Polícia Militar na noite desta quinta-feira (25), três homens acabaram sendo mortos na rua da Represa, morro da Embratel, na região leste de Porto Alegre. De acordo com informações das autoridades militares, na perseguição aos criminosos, o trio ainda teria feito uma mulher e seus dois filhos como reféns. Após a chegada de reforços da polícia, os três teriam disparado contra eles, os agentes revidaram e acabaram atingindo os criminosos.
Ainda conforme a Polícia Militar da região, os três homens que acabaram morrendo no confronto teriam participado anteriormente de outro tiroteio ocorrido na rua Claudionor Morais, no mesmo bairro em que a família foi mantida refém.
Em meio a ação contra a polícia, o grupo teria mencionado sobre a troca de tiros anterior na frente dos reféns. Neste mesmo confronto, a polícia conseguiu prender outros três homens.
Os brigadianos ainda informaram que em meio a este tiroteio os três teriam sido feridos por grupos rivais, mas conseguiram fugir seguindo em direção à rua das antenas, e quando os agentes chegaram ao local da ocorrência eles teriam feito os reféns. Os policiais então pediram o auxílio de uma guarnição do Batalhão de Operações Especiais (Bope), que foi até o local para tentar controlar a situação, mas ao chegar foi recebida a tiros pelos sequestradores.
Os agentes então responderam a troca de disparos e acabaram ferindo os três homens que chegaram a ser socorridos e encaminhados ao Hospital de Pronto Socorro (HPS) em Porto Alegre, mas ao dar entrada na unidade de saúde não resistiram aos ferimentos e morreram no local.
Ainda conforme a polícia, outro tiroteio entre criminosos e uma guarnição da Polícia Militar ocorreu naquele mesmo lugar na noite de domingo (21). Nesta ocasião, outros dois homens acabaram morrendo no local.
Disputa pelo tráfico de drogas seria a motivação
Investigações apontam que toda essa violência estaria sendo motivada por conta da disputa pelo tráfico de entorpecentes na localidade, pois os tiroteios teriam ocorrido após as mortes dos líderes do tráfico, Roger Rafael Osório, de 27 anos e Tiago D’Ávila de Lima, de 30.
Osório teria ocupado o lugar de Leonardo Ramos de Souza, conhecido como "Peixe". Peixe, que está preso, foi encaminhado para um presídio em Porto Velho, na capital de Rondônia, no ano de 2017. Com a morte de Osório e Thiago, os agentes da Polícia Militar acreditam que outras facções rivais estejam brigando para tentar assumir os pontos de vendas dos entorpecentes na cidade. Após o confronto, a polícia aumentou o policiamento na região.