O médico veterinário ACCN, de 44 anos, foi preso por suspeita de tráfico de drogas. Ele estava de posse de quase 500 comprimidos de quetamina e foi detido em flagrante Zona Norte da cidade de Recife, na Avenida Rosa e Silva, bairro dos Aflitos, enquanto supostamente esperava para vender os comprimidos. Isso aconteceu na última sexta-feira (23), mas só foi divulgado hoje (27).

De acordo com as informações passadas, o anestésico era vendido como ecstasy e, apenas após perícia a policia concluiu que se tratava de um anestésico de uso rotineiro na medicina veterinária.

O médico veterinário foi encaminhado para o Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel).

O gestor do Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) da Polícia, o delegado Leonardo Freire, declarou ao portal G1 que a polícia suspeita que o próprio acusado tenha fabricado os comprimidos e que ele mesmo faria a entrega da droga para os usuários. Vendendo como ecstasy, ele cobrava entre R$ 30 e R$ 100 pela droga. A polícia de Pernambuco nunca tinha aprendido quetamina em comprimido, apenas em forma líquida.

De acordo com informações passadas pelo perito Adenaule Geber ao mesmo portal, quando o fármaco é usado por humanos, ele tem um efeito muito semelhante ao do ecstasy. A pessoa tem depressão profunda que pode levar o indivíduo à morte.

A intenção do usuário é ter o efeito alucinógeno que ela provoca. O médico veterinário foi autuado por tráfico de drogas.

Uso que quetamina na medicina veterinária

A quetamina (também chamada de cetamina ou ketamina) é de uso frequente na medicina veterinária em protocolos anestésicos para realização de procedimento cirúrgico.

Muito usada na clínica cirúrgica de pequenos Animais, é administrada muitas vezes junto à xilazina, no que é chamado de anestesia dissociativa.

Para essa finalidade, a forma apresentada do fármaco é líquida para que possa ser injetada. É por isso que a polícia do local da apreensão acredita que o próprio médico veterinário tenha "fabricado" os comprimidos, para facilitar a venda e para que os comprimidos pudessem ser vendidos como se fossem ecstasy.