A roqueira baiana que vive em São Paulo há mais de dez anos, Priscilla Leone, ou Pitty como é conhecida, acabou gerando polêmica nessa quinta-feira, 26. Em meio a repercussão que o crime de estupro coletivo sofrido por uma adolescente de 16 anos ganhou, Pitty usou o Twitter para se pronunciar sobre o fato.
A maioria das publicações dos internautas chamavam os criminosos de doentes e monstros, pois além dos 33 homens violentarem a jovem, ainda fotografaram e filmaram a vitima, divulgando as imagens na internet.
Pitty então decidiu chamar a atenção das pessoas para que deixassem de relativizar o estupro, os tratando como seres enfermos ou monstruosos.
A morena foi muito mais além e disse que acima de tudo os estupradores eram homens e que só cometeram o crime porque aprenderam que aquela conduta era certa.
Entretanto, ainda que a moça tivesse tentado se explicar depois,os internautas entenderam queela considerava que todo homem é estuprador por natureza, pois aprendem que estuprar é algo certo ou normal de se fazer.
Uma chuva de criticas caíram sobre a baiana que acabou apagando a publicação para abaixar a poeira, mas prints de sua publicação já circulavam pela internet em sites de notícias, impedindo que aquele tweet caísse no esquecimento tão cedo.
Segundo suas publicações seguintes, deu para entender que ela queria se referir à 'cultura do estupro', onde muitaspessoas acreditam que uma mulher merece ou provoca um estupro por estar com roupas curtas ou ter bebido.
A morena fez outras publicações tentando se explicar, mas os internautas ainda estavam com a cabeça quente e não quiseram papo.
Colocando a polêmica da Pitty de lado, se acompanhar as publicações em redes sociais sobre a violência sofrida por essa jovem, é possível ver muitas pessoas se solidarizando e dizendo palavras de apoio à adolescente e de repúdio aos criminosos, mas também existe um grande número de homens e mulheres que afirmam que ela mereceu, pois andava com bandido, ia para a favela e provocou o próprio estupro.
Independente da visão dequalquer pessoa ou do que qualquer celebridade fale sobre o caso, a verdade é uma só: nenhuma mulher deve ser estuprada, seja ela uma jovem inocente ou uma prostitua. Nenhuma mulher em sã consciência provoca o próprio estupro, tão pouco por mais de trinta homens.
Não faz diferença o que a vitima fez ou deixou de fazer antes do crime ser consumado, o fato é que estupro não é algo normal e todo indivíduo que cometer esse ato deve ser punido de forma exemplar.
Achar que uma mulher deve ser violentada só porque frequentava tal lugar ou praticava determinados atos é o mesmo que dizer que uma mulher feia deve ser traída ou que um homem com o minimo de sensibilidade com o próximonão é hétero.
Discutir não muda a situação, rever conceitos pode ser um grande passo. Aliás, no dia 17 de maio o CCJC devolveu o projeto que prevê penas mais rígidas para estupradores, bem como a castração química como condição para voltar para a sociedade. Não houve parecer positivo ou negativo, simplesmente foi devolvido, seja por medo de ferir os 'direitos dos presos' ou por pirraça devido o projeto de lei ter sido feito por Jair Bolsonaro.
Com essa cultura e sem uma legislação rigorosa para esse tipo de crime, simplesmente os autores desse crime que forem presos, além de serem sustentados com os impostos do cidadão carioca, ainda terão direito a alimentação, progressão de pena, direitos humanos e pasmem: visita intima.Valores invertidos: a gente se vê por aqui!