É final de semana eenquanto nós desfrutamos do conforto de nossas casas, em váriaspartes do Brasil, na cabine quente e solitária de seu caminhão, está o motorista que leva alimento, combustível, grãos para exportação, madeira, máquina, material pesado, carros, tratores, enfim leva-se de tudo; uma infinidade de itens para que nosso país não pare.
Passando dias fora de casa e longe da família, dormindo à beira de estrada ou onde o bolso pode pagar, enfrentando congestionamentos, passando por estradas esburacadas, escorregadias, correndo o risco de sofrer roubo da carga, segue o caminhoneiro dia e noite, em todas as direções.
Quanto representa
Mais de 58%do que é transportado no Brasil é feito pela força de mais de 560 mil autônomos e 100 mil empresas, com um total superior a 1.300.000caminhões circulando em todo o país.
A faltade investimentos em ferrovias, hoje com uma malha de 27.782 kme apenas um terço produtiva, vai manter o percentual elevado pelos próximos anos, enquanto o Governo não destinar redirecionar nossos impostos.
O que faz o governo?
Embora o investimento em rodovias seja apenas 15% do valor por km, quando comparado ao mesmo valor para a ferrovia, agrande verdade é que o governo arrecada muito mais dinheiro transportando os produtos pelas rodovias do que pelas ferrovias. Isso se traduz pela venda decombustíveis, pneus, compra de caminhões, manutenção, pedágios, serviços, etc.
Embora a carga por rodovia represente um percentual elevado,o governo não perde tempo em colocar a opinião pública contra a classe, quando há uma justareivindicação por parte dos caminhoneiros, como o aumento do preço combustíveisno começo do ano.
A nossa impressão
Como motoristas, a grande verdade é que nem sempre temos uma boa imagem do caminhoneiro.
Para nós é aquelesujeito que está a nossa frente para atrapalhar no momento da ultrapassagem, retardar nossa viagem, ocupar mais espaço do que o necessário na estrada, ser taxado de folgado e tantos outros adjetivos deprimentes.
Ali a sua frente, está a pessoa que conduz um veículo grande, alto, pesado, carregado de mercadorias e que precisa voltar para casa; reflitamos sobre isso.