O Acordo de Paris é um tratado internacional adotado em 2015 durante a 21ª Conferência das Partes (COP). O tratado foi aprovado pelos 195 países participantes e tem como objetivo a redução da emissão de gases de efeito estufa, evitando, portanto, o aquecimento global. Explicando com outras palavras, o propósito é diminuir o uso de combustíveis fósseis (petróleo, carvão mineral e gás natural) para manter o aumento da temperatura média da Terra em menos de 2° C acima dos níveis pré-industriais

Consequências do Acordo de Paris

Ainda assim, os combustíveis fósseis, por serem extremamente versáteis e com alto valor energético, são as principais fontes de energia para muitas atividades industriais e a sua diminuição significa uma freada na economia.

Diante disso, o acordo afeta a economia dos países participantes negativamente. Desse modo, entende-se que o Acordo de Paris resulta em problemas econômicos e em menos liberdade, pois impõe metas às nações participantes.

Embora muitos estudos afirmem que a temperatura terrestre está aumentando devido às ações humanas, alguns estudiosos dizem que a mudança climática é algo natural e permanente e que a Terra não se aqueceu significantemente ao longo dos últimos trinta anos. Conforme os opositores da teoria do aquecimento global, o derretimento das calotas polares e o aumento do nível do mar não são consequências das ações humanas. Afinal, desde a última Era do Gelo, o nível do oceano já subiu mais de cem metros.

Com isso, uma questão importante surge: como provamos que a Terra está aquecendo devido às ações humanas? A resposta para essa pergunta está literalmente no gelo.

A resposta está no gelo

Sem termômetros na idade medieval, tudo o que os climatologistas têm à mão são indicadores climáticos indiretos do passado, como, por exemplo, documentos históricos, dados de colheitas, informação de observação do tempo, registros de catástrofes meteorológicas e de épocas de floração.

Porém, os indicadores mais importantes, sem sombras de dúvidas, para a reconstrução do clima são as amostras de gelo. Observa-se nelas a precipitação, a fusão periódica da cobertura gelada e a composição da atmosfera.

De acordo com os estudos, estamos jogando gases de efeito estufa na atmosfera a uma velocidade que não foi vista nem há 1 milhão de anos.

Os estudos mostram uma enorme diferença da quantidade de gás carbônico de antes e depois da revolução industrial. Para se ter uma breve ideia, a Terra joga, naturalmente, na sua maior estimativa, cerca de 500 milhões de toneladas por ano. Ainda assim, isso não representa 2% dos 30 bilhões de toneladas de dióxido de carbono que o ser humano produz todos os anos. O ponto chave é que o aumento medido do gás carbônico na atmosfera corresponde a quantidade conhecida que é jogada pela queima de carvão, petróleo e gás.

Uma resposta ao aquecimento global

O consenso científico é que estamos desestabilizando o clima causando a desertificação, intensificação das secas em determinados locais, escassez de água, abundância de chuvas em algumas localidades, tempestades, furacões, inundações, alterações de ecossistemas, redução da biodiversidade.

Desse modo, as consequências do aquecimento global são bem piores quando comparado com uma freada no uso de combustíveis fósseis para a produção industrial. A partir disso, o Acordo de Paris surge com o objetivo imediato de minimizar os danos causados pelo aquecimento global. Sendo assim, o acordo pode até não conseguir evitar definitivamente o aumento da temperatura terrestre, mas fortalecerá a resposta global à ameaça das mudanças climáticas.