Falar sobre Carnaval já desperta felicidade em muitos brasileiros, mas a realidade do que está por trás desta enorme festa divertida e cheia de músicas pode chocar muitas pessoas. Todos os anos, visitantes de todos os cantos do mundo são atraídos para contemplar os desfiles das escolas de samba brasileiras, com o show de cores e de vestimentas luxuosas de todas agremiações.

Quase ninguém se preocupa em perguntar de onde vem todas aquelas penas que estão presentes no figurino das pessoas e nos carros alegóricos, se são ou não de Animais, ou até mesmo como são extraídas.

Todas essas penas e plumas vem de aves como o pavão, ganso, avestruz e faisão. Elas não caem naturalmente do animal. A indústria que comercializa essas penas é muito cruel no que se refere a essas aves.

Elas são criadas em países distantes do Brasil, o que torna o nosso país um dos maiores importadores de penas no mundo, tudo isso só por causa do Carnaval. África do Sul, China e Índia são os principais exportadores.

O processo que é feito para obter essas penas é muito cruel. Para arrancá-las são usadas técnicas como a denominada zíper, onde as aves são seguradas pelo pescoço e tem suas pernas amarradas para facilitar com que arranquem suas penas. Esse processo é extremamente dolorido para os animais, os deixa completamente expostos ao sol e a graves infecções sem a sua proteção natural.

Enquanto os animais agonizam de dor e lutam para que ela pare, com algum movimento brusco do animal pode ocorrer até uma grave fratura em alguma parte de seu corpo em uma tentativa de se libertar.

Todos os anos eles sofrem esse mesmo tipo de tratamento brutal para terem suas penas arrancadas e eles não costumam viver pouco tempo.

Um exemplo são os avestruzes, que tendem a viver 40 anos. Enquanto eles tiverem penas, terão de passar por essa tortura.

Esse mercado gera muito dinheiro e as penas consistem em verdadeiras minas de ouro. Um exemplo bem claro disso é o preço de uma única pena de um faisão, que pode chegar a R$ 100.

Petição para o fim do uso de penas no Carnaval

No ano de 2016 esse tema acabou rendendo bastante assunto. A repercussão foi tanta que defensores dos animais fizeram uma petição online exigindo o fim do uso das penas durante os desfiles carnavalescos. O período de assinar a petição já passou. Ela alcançou mais de 200 mil apoiadores. Porém, o uso continua sendo permitido e o abaixo assinado não surtiu qualquer efeito.