No último domingo (1°), Flamengo venceu o Palmeiras por 3 a 0. Levando-se em consideração o cenário antes do jogo --mesmo que o Palmeiras tenha sido eliminado e o Flamengo se classificado na Libertadores--, todas as conjecturas apontavam para um certo grau de equilíbrio, afinal, tratavam-se de dois clubes que, nos últimos 3 anos, vêm dominando os holofotes do futebol brasileiro: pela condição financeira dos dois times; pelo elenco que tal condição permitiu e, principalmente, pela conquista do Palmeiras em 2018 e pela boa campanha pré-Copa América.

Sobre o jogo

Mas, na verdade, o que foi demonstrado em campo, sob todos os aspectos futebolísticos imagináveis, foi uma superioridade do Clube de Regatas do Flamengo. Quando se analisam os aspectos estatísticos, a superioridade fica ainda mais explícita. O Flamengo teve 65% de posse de bola, finalizou 12 vezes, e o Palmeiras, apenas 2 (com 0 chutes no alvo). Taticamente, o Palmeiras inicia o jogo com uma marcação alta, na tentativa de bloquear ataques característicos do sistema tático de Jorge Jesus: oriundo das laterais, extraindo ao máximo a velocidade/habilidade de Rafinha pela direita e Filipe Luis pela esquerda. E o Palmeiras até teve certo êxito neste quesito. No entanto, aos 10 minutos, Gabigol fez um golaço de cavadinha e o jogo começou a ficar difícil para o Palmeiras a partir deste momento, que permaneceu apático e não conseguia impedir o volume de jogo do Flamengo.

O segundo gol do Flamengo surge de uma jogada de alta velocidade do Bruno Henrique, que escapa pela direita e faz um cruzamento --Zico chamaria isso de passe-- espetacular na cabeça do Arrascaeta (8 gols em 13 jogos), que não teve dificuldade de converter.

Mesmo dominando completamente o jogo, o segundo tempo do Flamengo foi claramente administrativo, pois, não impôs o ritmo do primeiro tempo e acabou fazendo o terceiro gol num pênalti, que para muitos, foi duvidoso.

A queda do rendimento do Palmeiras

Depois da Copa América, as coisas não estão dando muito certo para o Palmeiras. Recentemente eliminado da Copa do Brasil e também da Libertadores pelo Grêmio, pós-Copa América o Verdão tem apresentado uma queda inacreditável de rendimento. Dos 13 jogos disputados, são apenas 3 vitórias, com 6 empates e 4 derrotas.

Sobre o aproveitamento recente do Palmeiras, Felipão falou sobre o desempenho do time em uma entrevista após o jogo. “[...] Os resultados não estão acontecendo. Temos que revisar algumas coisas, mas precisamos que os atletas entendam que temos que mudar algumas peças e situações táticas para atingir o objetivo, que é brigar pelo título", disse Felipão.