A final da Copa do Brasil entre Grêmio e Palmeiras foi um jogo bastante aquém do que se esperava. Com pouca qualidade, o Futebol praticado por ambas as equipes foi bastante tedioso e pouco se viu ao longo dos primeiros 90 minutos da grande final da competição.
No Grêmio, o que se viu foi mais do mesmo, mas talvez com requintes ainda mais preocupantes. Os inúmeros problemas que apareceram no jogo contra o Palmeiras não surgiram no domingo (28), às 21h, mas sim ao longo de 2020, com uma equipe pobre taticamente e que não conseguiu mostrar bom futebol ou estabilidade ao longo de todo o ano.
Grêmio com problemas em todos os setores
O Grêmio se mostrou completamente limitado e facilmente encurralado pela marcação proposta por Abel Ferreira. O Tricolor sem a bola corria atrás do Palmeiras, e com a bola não sabia o que fazer. Diversos passes errados, ausência de jogadas ofensivas e pouco suporte dos laterais e dos pontas foram a tônica do jogo.
O lado direito com Victor Ferraz e Alisson não criou. O lado esquerdo com Pepê e Diogo Barbosa parecia completamente desconexo. No meio, Matheus Henrique segue apagado, enquanto Jean Pyerre não dá ao Grêmio dinâmica e a velocidade para finalizar as jogadas.
Ao final, o time não rendeu e acabou mostrando o mesmo futebol apático que apresentou no Campeonato Brasileiro e Libertadores.
As más atuações, porém, não são justificadas em coletivas de imprensa promovidas pela comissão técnica e dirigentes. O que parece é a falta à equipe de treinamento tático, organização e escolha de melhores opções para o time titular.
Grêmio tem que jogar o que ainda não jogou
As atuações ruins do Grêmio não são de hoje. A equipe vem de uma sequência longa de atuações contestáveis.
Além disso, nenhuma evolução é apresentada. Desde a volta do futebol brasileiro após a pausa provocada pela pandemia da Covid-19, o Grêmio oscila e parece não conseguir engatar uma segunda marcha.
Com fracas atuações ao longo da temporada, o Grêmio precisará jogar a final do próximo domingo, dia 7, o que ainda não jogou na temporada de 2020.
O time se repete. As atuações se repetem. Pouco é produzido. O que fazer então?
O técnico Renato Portaluppi parece não querer mudar e sua justificativa, como falado na própria entrevista coletiva, resume bastante a visão do comandante sobre seus comandados. "O que não pode na decisão é você errar. Demos mole no gol do Palmeiras, faltou atenção para a nossa equipe", disse Renato, eximindo-se de culpa pela derrota.
Ferreira muda o Grêmio
Para o próximo domingo, dia 7, no confronto que decidirá a grande final da Copa do Brasil 2020, Renato precisará abrir mão de algumas convicções para surpreender o Palmeiras de Abel Ferreira. O lado direito é um exemplo. Com Victor Ferraz e Alisson produzindo pouco, Vanderson e Ferreira poderiam virar soluções, uma vez que o ingresso da dupla melhorou a produção ofensiva do Grêmio pelo setor.
Da dupla, destaca-se principalmente o atacante Ferreirinha, que mudou completamente o Tricolor gaúcho, inclusive a postura da equipe, que deixou de ser apática e passou a ser mais sanguínea. A pergunta que fica é: Renato conseguirá deixar um driblador como Ferreira de fora da decisão? Só a escalação do domingo poderá responder.