Nessa última terça-feira (12), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) respondeu a um post em que a eterna rainha dos baixinhos, Xuxa Meneghel, fez duras críticas ao chefe do Executivo. Ela havia dito que quem apoia o presidente deveria deixar de segui-la na rede social.

Bolsonaro então ironizou e disse que as pessoas que seguem Xuxa poderiam segui-lo e apontarem erros de seu governo para ele tentar acertar. Talvez os apoiadores do seu governo –a quem muitos chamam de bolsonaristas– tenham gostado do seu discurso e de sua ironia. Entretanto, essa não é uma atitude de um chefe de governo.

Bolsonaro, talvez, tenta prender um seleto eleitor que gosta desse tipo de fala, que para muitos internautas e especialistas, começa a desgastar o governo, que começa a dar amostras de exaustão.

A maioria não concorda com esse tipo de ironia e muitos acham ser uma “cortina de fumaça” para esconder as denúncias envolvendo o presidente. As pesquisas mostram que os votos nulos e brancos têm uma margem muito grande, o que aponta como a política anda desgastada e com amostras de cair na banalidade institucional.

Analisando o fato e o que disse, Bolsonaro não teria nenhuma satisfação de ter seguidores da Xuxa em seu escopo de propaganda de um governo cuja maioria nem apoia.

Xuxa e a pandemia

Essa ironia de Bolsonaro é uma resposta a uma publicação que Xuxa colocou em seu Instagram no último domingo (10), no qual ela havia comentado o vídeo onde Bolsonaro criticava o passaporte da vacina.

Na ocasião, o estádio da Vila Belmiro recebeu somente torcedores que mostraram as carteirinhas que comprovavam que tomaram a vacina contra o coronavírus, algo que o presidente não quis fazer.

Xuxa foi enfática: quem não está disposto em fazer isso, não seguir regras de proteção mundiais, é um genocida. E Xuxa sabe que teria pessoas que iriam discutir essas medidas –na grande maioria, apoiadores do presidente–, então pediu “por favor” que deixasse suas redes sociais, e àqueles que apoiam a vida humana, pediu que assinassem a petição que pedia o impeachment do Bolsonaro.

No mês de maio, juntaram-se Xuxa, a atriz Julia Lemmertz, o youtuber Felipe Neto, o ex-jogador e comentarista Walter Casagrande, o escritor Raduan Nassar e muitos outros, para assinarem uma petição exigindo o impeachment do presidente Jair Bolsonaro, que foi protocolado pelo Movimento Vida Brasileiras. Essa solicitação se baseia em uma “condução desastrosa” da epidemia da doença pelo governo.