Os piores assassinos, vivendo na casa ao lado. São pais, profissionais, frequentadores da igreja, mas guardam segredos incontestáveis. Rondando os lugares onde nos sentimos seguros. Quem são eles? Onde se escondem? Por que a mentira é tão perigosa nas mãos de um assassino?

Existe uma escala psiquiátrica para avaliar esses atos de maldade. Desde os que matam por impulso até os assassinos em série.

Este índice da maldade, que vai de 1 a 22, avalia três pontos: o motivo, o método e a crueldade.

Assassinos que moram na casa ao lado

Susan Smith prendeu os dois filhos pequenos no banco de trás do carro e depois deixou o carro cair dentro de um lago na Carolina do Sul, em 1994. Depois do ato, disse que os filhos foram sequestrados. O contador de Nova Jersey John List matou a esposa, a mãe e os três filhos no mesmo dia, em 1971, depois mudou de nome e começou vida nova. Todos esses casos são de assassinos que enganaram os que estão à sua volta. Seus atos são de uma maldade incompreensível. Entretanto, nem todos os assassinos que enganam são iguais, eles mentem de formas e por motivos diferentes.

Casos

O autor dessa escala é o psiquiatra forense Michael Stone, da Universidade de Columbia. Para elaborar o índice, Stone começa fazendo perguntas chaves: Quais são os antecedentes? Quantos foram brutalizados pelos pais? Quais são as características dessas personalidades? É possível nascer mal? Stone considera esses assassinos de duas formas: quanto mais perverso o crime ou quanto mais premeditada a mentira, maior o índice da escala.

Escala dos vários graus de maldade, segundo Michael Stone.

  • Pessoas que matam em defesa própria: pessoas que não apresentam características de psicopatia, porém são capazes de cometer homicídios por legítíma defesa.
  • Pessoas que matam por ciúmes: são capazes de cometer homicídio dos seus cônjuge ou amantes. Crimes considerados passionais que ocorrem por descontrole e não por características de psicopatia.
  • Cúmplices voluntários de assassinatos: com características de personalidade distorcida, geralmente são impulsivos e antissociais.
  • Matam em legítima defesa: pessoas que provocam a vítima, levando-as ao extremo.
  • Pessoas desesperadas e traumatizadas: costumam mostrar remorso genuíno e não são psicopatas.
  • Assassinos de cabeça quente: matam por impulso em momentos de raiva.
  • Narcisistas psicóticos: seu ego é extremamente inflado, pensam que são melhores que qualquer outra pessoa.
  • Assassinos com raiva latente: guardam ressentimentos, porem não são psicopatas.
  • Amantes ciumentos: traços aparentes de psicopatia, com crueldade revelada e sempre aumentando.
  • Matam o que entendem serem obstáculos a um objetivo.
  • Assassinos que matam gente no seu caminho.
  • Psicopatas sedentos de poder.
  • Assassinos de personalidade bizarra e violenta.
  • Egocêntricos que matam em benefício próprio.
  • Múltiplos assassinatos.
  • Atos repetidos de violência.
  • Assassinos em série com perversões sexuais.
  • Assassinos torturadores.
  • Psicopatas terroristas sem assassinato.
  • Assassinos torturadores com personalidades psicóticas.
  • Torturadores extremos.
  • Psicopatas torturadores assassinos.

Alguns assassinos em série que levam vida dupla são considerados por vizinhos e colegas como pessoas trabalhadoras, boas e generosas, mas tinham esse outro lado. Eles mentem, forjam e aterrorizam. Nas suas mãos, a mentira se forma a mais mortífera das armas.