O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) determinou no último domingo (28) que uma mulher fosse presa por tê-lo chamado de "noivinha de Aristides". É bem verdade que ela também xingou o líder do Executivo utilizando palavras de baixo calão, mas, ao que parece, o xingamento que realmente tirou o amigo de Fabrício Queiroz do sério foi mesmo a insinuação de que Jair Bolsonaro tivesse tido uma relação homoafetiva com um homem chamado Aristides.
Há muitas questões que podem ser debatidas sobre a situação, uma delas é: e se realmente Jair Bolsonaro tivesse se relacionado com outro homem?
Qual seria o problema? Caso esse suposto affair tivesse sido consensual e não tivesse nenhum impedimento legal ou algo do tipo, nada impediria a relação de Jair e Aristides.
Redes sociais
Provavelmente a teoria descrita acima não passou pela cabeça de muita gente, pois o que bombou mesmo nas redes sociais foi a pergunta que não quer calar: o que significa o termo "noivinha de Aristides".
Se as paredes da Aman falassem
A resposta para a polêmica pode ser encontrada nas próprias redes sociais. Diversos internautas foram a fundo nessa história para descobrir quem era Aristides.
O homem teria sido um instrutor de judô no tempo em que Jair Bolsonaro cursou a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende, Rio de Janeiro.
A história teria sido revelada pelo senador Jarbas Passarinho, que foi ministro na época da ditadura militar.
Bolsonaro esteve em Resende no último sábado (27) para prestigiar a cerimônia de formatura dos cadetes da Aman.
Prisão por xingamento
O presidente Bolsonaro estava com a comitiva presidencial na via Dutra, próximo à academia militar, e estava acenando para os automóveis que passavam pela rodovia que liga o Rio de Janeiro a São Paulo, quando a mulher o xingou.
Ela era passageira em um veículo e não teve revelada sua identidade. De acordo com a polícia, ela "proferiu palavras de baixo calão e xingamentos". O automóvel dela foi abordado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Depois, ela foi levada à equipe da Polícia Federal (PF) que estava localizada na Dutra e então encaminhada para a delegacia da PF em Volta Redonda, Rio de Janeiro.
No local, foi feito um registro de um termo circunstanciado pelo crime de injúria. A mulher acabou não ficando presa e foi liberada depois que assumiu o compromisso de comparecer em juízo.
Segundo o artigo 140 do Código Penal, o crime de injúria pode dar até três anos de reclusão, pena esta que é aumentada em um terço quando o crime é cometido contra o presidente da República.