A Meta, gigante da tecnologia responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou uma ação para remover qualquer conteúdo que defenda ou relativize as invasões aos prédios públicos na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A medida foi tomada para tentar diminuir o discurso que elogia ações como essas. Em entrevista à CNN dos EUA, o porta-voz da empresa, Andy Stone, afirmou que esses atos serão classificados como "eventos de violação", o que significa que qualquer conteúdo que os apoie ou os elogie será removido. Além disso, o alcance dessas publicações também pode ser reduzido.
Stone acrescentou que a empresa está ativamente monitorando a situação e continuará removendo qualquer conteúdo que viole suas políticas.
Decisão da Meta não é inédita
Essa não é a primeira vez que a Meta toma medidas nesse sentido. Antes das eleições presidenciais de 2022, a empresa colocou o Brasil como alvo de monitoramento intensivo para evitar a disseminação de fake news, conteúdo de ódio e incentivo à violência. Quando houve a invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, a empresa tomou a mesma atitude, classificando esses posts como "atos de violação" e levando à remoção permanente da conta de Donald Trump, que havia incentivado os protestos. De acordo com as políticas da rede social, qualquer conteúdo prejudicial ou que incite à violência deve ser removido.
Atos terroristas em Brasília
No último domingo (8), manifestantes marcharam até a Esplanada dos Ministérios para protestar. O ato, que começou pacificamente em frente ao Quartel General do Exército, seguiu até o Congresso Nacional, onde os manifestantes ocuparam o prédio e as sedes dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
De acordo com os organizadores, o ato foi convocado através de redes sociais e aplicativos de bate-papo, incluindo grupos do WhatsApp. O ato resultou em danos ao patrimônio público e já soma mais de 1.300 presos pela Polícia Civil do DF, indiciados por diversos crimes.