Após o Telegram se recusar a disponibilizar informações solicitados pela PF sobre grupos extremistas, a Justiça determinou que operadoras de telefonia e lojas de aplicativos retirem o aplicativo de mensagens do ar imediatamente. A PF quer contatos e dados dos integrantes e administradores de um grupo com conteúdo neonazista, e o Telegram não forneceu os números de telefone. A Justiça não apenas ordenou a suspensão do aplicativo, mas também aumentou a penalidade do Telegram por não fornecer informações, de R$ 100.000 para R$ 1.000.000 por dia de recusa.

Ataque a escola em Aracruz

A investigação do ataque recente a uma escola em Aracruz (ES), que causou a morte de quatro pessoas, revelou que o autor, um jovem de 16 anos, interagia em grupos do Telegram que continham conteúdos antissemitas.

A Polícia Federal solicitou à plataforma que fornecesse informações sobre os membros e gestores do grupo para investigar possíveis conexões e influências no crime ocorrido em Aracruz. O menor de idade que cometeu o crime fazia parte de grupos do Telegram que compartilhavam conteúdo extremista, incluindo tutoriais sobre assassinatos, vídeos de mortes violentas, instruções para criar explosivos, e mensagens que promoviam o ódio a minorias e a ideologia neonazista. Apesar disso, a corporação busca os contatos e detalhes dos indivíduos que administram um grupo com conteúdo neonazista, mas o Telegram se recusou a fornecer os números de telefone.