O Brasil no dia 28 de dezembro de 1992 acordou surpreendido pela trágica notícia do assassinato cruel da jovem atriz Daniela Perez, cujo corpo foi encontrado com várias perfurações feitas a tesoura e que na época fazia par romântico na telenovela “A força do querer” com o ator Guilherme de Pádua. Que tinha sido um crime pérfido, disso ninguém tinha dúvida, principalmente as autoridades policiais responsáveis pela investigação do caso.

Não demorou muito para que a polícia desconfiasse do par romântico da atriz como o principal suspeito pelo acontecido, o qual contou com a cumplicidade homicida de sua esposa da vida real na ocasião, Paula Perez.

Fato é que depois de tantas idas e vindas, perdas irreparáveis, sofrimento, prisões, julgamentos, outros relacionamentos afetivos desfeitos e mais alguns capítulos na novela da vida real, Guilherme de Pádua se casou pela 3ª vez com Juliana Lacerda, de 30 anos de idade e que é maquiadora profissional. A cerimônia religiosa aconteceu no dia 12 de maio, sexta-feira, na Igreja Batista de Lagoinha, situada na capital mineira de Belo Horizonte.

Como que por coincidência, o Casamento se deu exatamente vinte anos depois em que Guilherme de Pádua foi condenado pela prática torpe do assassinato de sua companheira na telenovela, que além de ser a atriz principal na trama, era também a filha da autora da novela, Gloria Perez, que posteriormente acabou realizando uma espécie de campanha nacional precoce contra o “feminicídio” ou a matança covarde de representantes do sexo feminino.

Pádua está hoje com 47 anos de idade, não atua mais como ator e se tornou pastor evangélico; entretanto, vez ou outra, como agora, aparece na mídia em geral, provocando o asco de muitos que não concordam com os rumos tomados pela justiça brasileira no caso em questão.

Pelo homicídio de Daniella Perez a tesouradas, tanto Guilherme de Pádua e a sua esposa Paula Tomaz foram sentenciados a cumprir 19 anos e seis meses de prisão, o que só se deu cinco anos após o crime praticado contra a atriz. Vale frisar que a pena oficial foi reduzida para seis anos.

Antes do casamento da última sexta-feira, tinha ocorrido a cerimônia no civil, especificamente no dia 14 de março, e já naquele mês, inúmeras questões sobre os protagonistas dessa história real macabra foram feitas, como, por exemplo, a pergunta do porquê uma mulher se casaria com um homem que um dia foi réu confesso da morte de Daniela Perez.

Juliana, a esposa de Guilherme, ainda em março, concedeu entrevista ao jornal carioca “EXTRA”, fazendo questão de explicar sobre assuntos que envolviam o casal, tais como: polêmicas em geral, preconceitos e o Relacionamento em si.

Ela disse que desde o início do contato dela com o seu atual marido, ela já sabia quem ele era e que o passado para ela não gerava nenhuma preocupação, até mesmo porque Guilherme vem sendo assistido há 17 anos por muitos pastores sérios da igreja que frequentam. “Eu sei do histórico dele, sei também que o Guilherme realmente mudou desde que se converteu”, justificou ela.