Atualmente, Luiz Carioca se apresenta como halterofilista profissional. Além disso, também é personal trainer, ator de filmes adultos, motorista de táxi e mecânico. Entre todas estas ocupações, ainda atende ligações de clientes; explica que o atendimento dura uma hora e que faz massagem. Muito embora algumas ligações sejam de homens, segundo aponta o colunista Paulo Sampaio, do portal UOL, Luiz Carioca diz que, independentemente do valor da oferta, não aceita ter relações com homens.
Luiz tem 1,89m e pesa 97kg; tem voz de locutor de rádio e, aparentemente, gosta muito de relembrar a época em que tirava a roupa na ''Noite dos Leopardos'', show de strippers bastante famoso no Rio de Janeiro nas décadas de 80 e 90.
Luiz sempre teve orgulho de seu corpo e conta que era parte de uma espécie de ''tropa de elite'' entre os ''leopardos''.
Em entrevista a coluna de Paulo Sampaio, do portal UOL, o ex-stripper diz que, hoje em dia, pensa que poderia ter aproveitado melhor aquele momento. Luiz não sente orgulho somente de seus atributos físicos, mas também se gaba de seus atributos intelectuais. "Poderia ter me tornado um diretor de cinema", pondera ele.
Edson ''Eloína'' Santiago era a travesti que tornava a ''Noite dos Leopardos'' um verdadeiro sucesso da noite carioca. Luiz conta que, como ''leopardo'' (nome dado aos rapazes que tiravam a roupa nos shows), costumava ganhar o equivalente a R$2500. Ele morava em um apartamento alugado por Eloína, que dividia com outros ''leopardos''.
Além do salário, os rapazes costumavam ganhar ainda 'gordas contribuições' dos fãs. No auge de seu sucesso, o público da ''Noite dos Leopardos'' contava com presenças ilustres como Madonna, Cazuza, Liza Minelli e Caetano Veloso. Luiz revela que até a atriz Claudia Raia assistiu a pelo menos um de seus shows.
Perguntado sobre como foi o convite para participar da atração, Luiz conta que, naquela época, trabalhava em uma oficina mecânica e ganhava ''uma miséria''.
Seu sonho era trabalhar com cinema e "ser um Arnold Schwarzenegger", revela. Um dia, ele estava pela rua quando um Escort XR-3 parou ao lado dele e um homem falou sobre o show. Luiz conta que perguntou se o tal show era como um campeonato de halterofilismo. O homem no carro respondeu que sim, mas que neste caso, ele teria que ficar nu e, de preferência, manter uma ereção.
Luiz revelou ainda que não havia qualquer tipo de teste para se tornar um ''leopardo''. ''Precisava ter o corpo bonito'', esclarece. Durante o dia, os strippers malhavam e iam a praia para manterem o bronzeado, que também era essencial.
''Vocês faziam programa?'', pergunta o colunista. Luiz responde que todos os rapazes tinham fãs que ''patrocinavam'' seu trabalho em troca de algumas horas em sua companhia. Ele diz que jamais teve ''patrocinadores'' homens, apenas mulheres. Questionado a respeito de seus relacionamentos amorosos, o ex-stripper fala que não dava tempo de namorar e que um relacionamento sério naquelas condições provavelmente seria impossível.
Luiz Carioca conta que perdeu a conta do número de pessoas com quem teve relações íntimas.
Pessoas não, apenas mulheres. Conta também que gente conhecida sempre aparecia para orgias. "Eu chegava no hotel e estava a atriz da Globo na cama'', afirma. Ele não especifica quem seria ''a atriz'', mas conta que outras Celebridades, como capas da Playboy, também apareciam de vez em quando e que, em grande parte das vezes, estavam ''cheiradas'' (termo usado para quem acabou de fazer uso de cocaína).
E a polêmica não pára por aí. O ex-stripper revela que era invejado pelos homens; por outro lado, muitos Famosos queriam ''ser seus amigos''. Luiz cita nomes como Kadu Moliterno, Alexandre Frota e Maurício Mattar.
O colunista pergunta se Luiz Carioca se arrepende de alguma coisa em seu passado. Ele responde que se expôs demais.
"Todo mundo que me queria, tinha", lamenta.
Para Luiz, o artista deve criar uma ''dificuldade'' para a aproximação dos fãs e não ficar o tempo todo acessível. Ele diz que era ingênuo e que poderia ter chegado mais longe, se tornado diretor de cinema ou até, quem sabe, filósofo. "Amo matemática, física e sociologia, por exemplo", finalizou.