O apresentador Gilberto Barros foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a dois anos de prisão, após ter feito declarações homofóbicas em seu programa "Amigos do Leão", transmitido em seu canal no YouTube. O crime aconteceu em setembro de 2020, mas a decisão da juíza só saiu agora. O caso ainda cabe recurso.

Gilberto Barros se livrou de prisão por ser réu primário

A juíza do caso, Roberta Hallage Gondim Teixeira decidiu não manter a pena de reclusão por dois anos, isso porque, Gilberto Barros é réu primário. No lugar da privação de liberdade, a juíza pediu o pagamento de multa de cinco salários mínimos, além da prestação de serviços comunitários por dois anos.

O dinheiro deve ser revertido na compra de cestas básicas para organizações sociais.

Gilberto Barros cometeu o crime em 2020, em seu programa no YouTube. Na ocasião, o apresentador falava sobre os setenta anos da TV brasileira, quando começou a contar da época em que trabalhou na Rádio Globo na década de 1980. Falando de sua experiência, ele soltou a fala homofóbica que te rendeu a condenação.

O apresentador disse que em frente à rádio havia uma boate destinada ao público LGBTQIA+. Gilberto Barros disse que ele tinha de ficar vendo "beijo de língua de dois bigodes". "Não tenho nada contra, mas eu também vomito", continuou o comunicador.

Depois, Gilberto Barros teve uma fala que foi considerada incitação a violência contra o público LGBTQIA+.

"Hoje em dia, se quiser fazer na minha frente, faz. Apanha os dois, mas faz", disse o apresentador.

Os advogados de Gilberto Barros defenderam a conduta do apresentador, afirmando que ele fala muito por ter "sangue italiano" e que nunca teve a intenção de incitar a violência.