O Espinho de Jerusalém (Parkinsonia aculeata L, fam. Fabaceae) é uma planta com elevada tolerância a seca que pode crescer e se desenvolver sob as mais diversas condições ambientais. Pode-se encontrá-la em solos arenosos, argilosos, húmicos, alcalinos, encharcados, secos e até de baixa fertilidade. Quando submetida a condições adversas, não passa de um "inofensivo" arbusto espinhoso se desenvolvendo isoladamente na paisagem.
Contudo, quando as condições do ambiente onde a mesma é introduzida são favoráveis para si, esta pode se tornar um árvore "ferros" com cerca de 10 metros, formando verdadeiros "paredões" que impedem a movimentação da fauna e também do homem. P. aculeata é nativa dos desertos localizados entre o Sudoeste dos Estados Unidos e Nordeste do México (Desertos de Sonoran and Chihuahan) onde também é conhecida como "Palo Verde". Nessas condições ela desempenha um importante papel para o ecossistema, atuando no combate a erosão.
Durante o ano de 1900, o Espinho de Jerusalém foi introduzido com fins ornamentais e paisagísticos nas ilhas do Caribe, América do Sul, Hawaii, Europa, África e Austrália.
E desde 2001 é considerada a principal invasora nestas regiões, sobretudo, na Austrália, onde causou sérios prejuízos econômicos ao longo destes 115 anos.
Pesquisas recentes mostram que diversos métodos de controle podem ser empregados para reduzir a população desta espécie ao longo da paisagem. Dentre elas, destaca-se: o uso de insetos através do controle biológico, o uso do fogo para o controle de plantas jovens, a remoção mecânica e a utilização de herbicidas. Contudo, estes só são amplamente aplicados na Austrália.
Em países como Argentina e Brasil, as pesquisas sobre esta espécie ainda são recentes. E a eficiência dos métodos citados acima ainda estão sendo testados. Infelizmente, é possível encontrar diversas casas de jardinagem vendendo mudas desta espécie, com a promessa de beleza e satisfação por parte do comprador.
Cuidado! Por trás das lindas flores amarelas brilhantes esconde-se um verdadeiro monstro.