Foi confirmada a autenticidade do vídeo do estupro coletivo da adolescente do Rio de Janeiro, realizado por mais de 30 homens. A jovem, de apenas 16 anos, foi violentada por vários jovens e traficantes de uma comunidade do Morro do Barão. A afirmação foi feita na tarde desta segunda-feira, 30 de maio, pela nova delegada que assumiu as investigações sobre o caso, Cristiana Bento, titular da Delegacia da Criança e do Adolescente.

Até então, o jovem apontado como namorado da vítima afirmava que o vídeo era falso. 

Em entrevista coletiva, ela afirmou que não tem a menor dúvida que o crime ocorreu realmente e que a própria divulgação do vídeo do estupro coletivo por mais de 30 homens é prova suficiente para punir os culpados. Segundo ela, apesar de ainda não ter certeza de quantas pessoas participaram do abuso, está comprovado o envolvimento direto de pelo menos três suspeitos, que já foram identificados e estão sendo procurados pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Até mesmo o fato de um dos suspeitos ter passado a mão nas partes íntimas da adolescente, durante a gravação do vídeo do estupro coletivo, já configura crime de abuso e estupro pois, naquele momento, a adolescente estava dormindo e, portando, o ato não teria sido consentido pela vítima do abuso sexual.

Vítima do vídeo de estupro é ameaçada

A adolescente de 16 anos, vítima que aparece no vídeo do abuso coletivo por mais de 30 homens, no Rio de Janeiro, deve sair do Estado depois de receber inúmeras ameaças de morte pelas redes sociais. Na maioria dos casos, os autores do insulto afirmam que a relação sexual entre a jovem e os autores do vídeo foi permitida e que ela está mentindo.

Exame não constata abuso sexual

A jovem vítima do abuso coletivo realizou exames no Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro e, de acordo com os laudos, não ficou comprovado nenhum tipo de violência física na adolescente. Os peritos do instituto, entretanto, alegam que o resultado se deve a demora da garota para denunciar o crime, pois o exame só foi realizado cinco dias após o crime. Em depoimento, ela afirmou que demorou a fazer o boletim de ocorrência por medo.