Pior do que combater e impedir o consumo das drogas "tradicionais" (como maconha e cocaína) é barrar o comércio e uso de uma substância que pode ser diluída em água, por meio de um conta-gotas.

Trata-se de uma nova droga, utilizada em baladas de alto nível, é muito discreta, possui ação rápida e provoca elevada excitação nos usuários. Mas ela ainda tem um agravante, desconhecido pela maioria de seus usuários: ela mata.

Conhecida entre os jovens por "G" (se pronuncia "Di"), se tornou o novo "barato" das festas e baladas em todo o Brasil. Ela é oferecida e comprada pela internet e, segundo a polícia especializada, muito difícil de rastrear, porém providências já estão sendo tomadas no sentido mapear a distribuição e identificar os traficantes virtuais.

A facilidade em adquirir a droga, gera uma sensação a mais de liberdade no consumo do perigoso entorpecente.

Alucinógeno, anestésico e causa amnésia

A substância que, a princípio, foi criada para atuar como anestésico, foi proibida pelo FDA (orgão regulador de drogas e alimentos dos USA), por gerar convulsões, delírios, descontrole muscular e amnésia.

A droga é uma variação da já tão conhecida "boa noite cinderela", muito utilizada por criminosos para cometer roubos e estupros. Apresentada em uma dosagem menor, o "G" é consumido voluntariamente pelos jovens para aumentar a excitação sexual, sem vergonha ou constrangimento. A substância é vendida e conhecida como ecstasy liquido, porém não tem nada em comum com o entorpecente de mesmo nome, normalmente utilizado em raves.

A droga é uma substância sintética, diluível em água por meio de um conta-gotas e normalmente levada para os locais de consumo dentro de uma simples garrafa PET.

O Denarc (Departamento de Narcóticos)de São Paulo alerta que a droga já está circulado no circuito noturno desde 2015. O perigo fica potencializado quando os jovens consumem o "G" com bebidas alcoólicas.

Duas vítimas fatais já confirmadas

Desde o surgimento do "G", já foram confirmadas as mortes de 2 pessoas. As vítimas de 25 e 24 anos eram de Florianópolis e Belo Horizonte, respectivamente, e tiveram parada cardiorrespiratória.

Há ainda relatos de pessoas que ingeriram a substância por acidente, ou seja, sem ter o conhecimento da presença da droga em sua bebida, que entraram em pânico assim que perceberam aumento de euforia, excitação e aceleração em seus batimentos cardíacos.

Isso porque a principal característica da substância "G" é proporcionar forte desejo sexual e anestesia, tirando a sensação de cansaço e sono. Para os frequentadores das baladas as sensações que a droga oferece é exatamente o que eles procuram para curtir a festa.

Especialistas alertam que a brincadeira pode ser fatal. Isso porque o "G" pode provocar surtos psicóticos, parada respiratória, problemas cardíacos e até a morte de alguns indivíduos.