Um vídeo antigo, gravado em 2009, voltou a circular na internet esta semana.
As imagens mostram um adulto em uma festa. Ele ergue a arma para o alto e dispara para o céu. Na sequência, uma cena chocante. Uma criança que não aparenta ter mais do que três anos aparece segurando o mesmo revólver em gesto semelhante ao pai, que está bem ao lado. O bebê acaba atirando e acerta em cheio a barriga do adulto. É possível ver ele sentindo na hora o impacto do tiro.
As imagens foram captadas em um evento que mais parece ser um rodeio ou uma corrida de cavalos.
Mas é possível supor que não ocorreram no Brasil, pois a música é claramente distinta às que costumam tocar nas nossas festas de peão.
Independentemente da procedência do material, o seu conteúdo é mais um elemento que reforça a discussão sobre o porte de armas.
No Brasil, portar uma arma não é contra a lei, mas os cidadãos que conseguirem esta autorização têm de obedecer uma série de requisitos rígidos junto às autoridades policiais federais.
Entretanto, há muitos projetos de lei no Congresso que visam flexibilizar essas regras, alegando que os cidadãos possuem o direito de ter meios de se defender de bandidos e criminosos.
Independentemente disso, os acidentes domésticos envolvendo armas de fogo e crianças não param de assustar no país e no mundo.
Um levantamento feito por um grupo de ativistas norte-americanos que pede um maior controle de armas de fogo na América, apontou uma crescente disparada de casos envolvendo tiros acidentais.
Segundo o estudo, esses acidentes domésticos vem matando 100 crianças por ano no país que elegeu Donald Trump, defensor do porte de armas indiscriminado.
Lá na terra do Tio Sam duas crianças morrem por semana por balas deflagradas por Acidente.
Em terras brasileiras há estudos que mostram alguns dados desta triste estatística. O Mapa da Violência de 2015 aponta que das 116 mortes causadas por arma de fogo por dia no País, cerca de 5% é relacionada a acidentes e/ou suicídios.
Isso dá em média 6 óbitos por dia, que poderiam ter sido evitados se o acesso a revólveres e pistolas a essas pessoas (crianças, jovens sem treinamento e suicidas) não tivesse acontecido.