O crime aconteceu no último domingo (19), em Águas Lindas de Goiás, interior do estado de Goiás. Mas a adolescente foi à delegacia confessar o crime somente nesta terça-feira (21). Ela chegou acompanhada de seu namorado, com quem estava no momento do crime, e um advogado. Após o depoimento ela foi liberada, a Polícia suspeita que o crime tenha sido premeditado. O Grupo de Investigação de Homicídios investiga o caso.
A vítima e pai da adolescente, Ednaldo Bernardo da Silva, que era conhecido como Kuca, era comerciante, dono de uma distribuidora.
Ele recebeu uma facada no coração, dada pela própria filha, durante uma discussão na residência da família. Ele chegou a ser levado ao hospital, mas resistiu aos ferimentos e morreu.
Em depoimento a garota relatou que estava namorando por 5 meses, e que seus pais eram contra seu relacionamento amoroso. Ela contou à polícia que a mãe não aceitava de maneira nenhuma o garoto (namorado). Ela afirmou que no domingo o namorado teria ido até a casa da família para pedir ela em namoro oficialmente. E que os dois aguardavam seus pais acordarem para isso, porém o conflito começou quando os adolescentes foram flagrados namorando na varanda dos fundos da casa por volta das 20h00min.
Segundo o delegado responsável pelo caso, a garota contou que a mãe foi a primeira a acordar, e acordou o pai dela aos gritos, para ele verificar o que estava acontecendo na varanda.
Meio atordoado Kuca que tinha porte de armas, pois tomava aulas de tiros, desceu armado, e foi parado pela filha na sala onde a discussão se iniciou. A garota afirmou que durante a discussão conseguiu empurrar o pai até a cozinha onde deferiu o golpe certeiro em seu peito.
O delegado Cleber Martins afirmou ter ouvido a versão da esposa da vítima.
Segundo Cleber a adolescente foi proibida de usar o próprio celular quando a família ficou sabendo do namoro. E desde então usava o celular da mãe. O aparelho passou por uma verificação policial, e foram descobertas pesquisas recentes sobre os assuntos: “como matar os pais”; “como matar alguém dormindo” e “como esfaquear alguém”.
De acordo com as investigações as buscas foram feitas na sexta-feira que antecedeu o crime e no próprio dia do homicídio.
A garota negou ter feito às pesquisas, afirmou ter realizado apenas uma delas a de: “Como matar os pais”, que segundo a estudante era para fazer um trabalho solicitado pela professora sobre ‘Suzane Richthofen’.
O Grupo de Investigação de Homicídios continua apurando os fatos, a professora citada pela adolescente será ouvida e outras três pessoas também. Serão levantados novos laudos periciais.
Familiares do comerciante estão revoltados com o crime, e pedem justiça, alguns manifestaram sua indignação em redes sociais, alegando que ele sempre foi um bom pai.