Segundo veículos da mídia, nos últimos dias, movimentos a favor da revogação do Estatuto do Desarmamento estão sendo organizados ainda para este mês. Os protestos estão sendo divulgados para ocorrerem na maioria das capitais dos estados brasileiros nesse dia 19 de fevereiro e partem da ideia de que, devido à alta violência que ameaça todo o país, os cidadãos devem ter direito ao porte de arma para auto-defesa.
Em diferentes horários, os eventos marcados até o momento se passarão na Avenida Paulista em São Paulo, na Praia de Copacabana no Rio de Janeiro, em frente ao Congresso Nacional em Brasília, na Praça do Japão em Curitiba, no Trapiche da Beiramar em Florianópolis, na Praça do Bandeirante em Goiânia, em frente ao Ministério Público Federal em Campo Grande e na Praça do Campolim em Sorocaba.
Todos os eventos nessas cidades vão poder ser acessados através do Facebook.
Outros grupos organizam encontros e manifestações para o dia 26 de março, com funcionamento semelhante aos protestos pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ocorridos no ano passado. Além do direito ao porte de arma, outros temas que deverão ser defendidos pelos protestos envolvem a Operação Lava-Jato e o fim do foro privilegiado, segundo fontes.
Desde que entrou em vigor, em dezembro de 2003, o Estatuto do Desarmamento é discutido e muitos projetos já foram feitos para facilitar a compra e porte de armas por civis. O pré-candidato à presidência em 2018 Jair Messias Bolsonaro é atualmente uma figura no meio político que fortalece o pedido pelo direito de auto-defesa dos cidadãos brasileiros e poderá ter envolvimento com os protestos que acontecerão.
Atualmente, é permitido que cidadãos tenham posse de armas mediante requerimentos bastante específicos, o que impede que a grande maioria da população seja considerada apta.
Os requerimentos incluem: ter mais de 25 anos de idade, comprovar efetiva necessidade (preferencialmente relacionada a atividade profissional de risco ou ameaça direta a integridade física de quem requer), comprovação de ocupação lícita, de residência e comprovação de capacidade técnica e aptidão psicológica com prazo de um ano de validade, atestado por um instrutor de armamento e tiro e psicólogo credenciado pela Polícia Federal.
Além disso, outros documentos devem ser apresentados e é necessária a ausência de antecedentes criminais.