Uma mulher de 18 anos com aparência de criança foi presa na tarde desta quarta-feira (8) por tráfico de drogas em Ribeirão Preto (SP). A mulher tem apenas 1,30 metro e lembra muito a história do filme "A Órfã", onde uma mulher muito má fazia-se passar por criança para cometer atrocidades e até seduzir seu padrasto.
A protagonista do filme, que é baseado em uma história real, também tinha aparência de criança e sofria de uma doença chamada de hipopituitarismo.
A doença glandular na hipófise é caracterizada pela não produção ou produção insuficiente de alguns dos oito hormônios produzidos pela glândula.
Não se sabe se esse é o caso da mulher presa na zona Leste de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, mas pela foto dá para notar que ela passaria facilmente como uma criança. Tatiana Cristina da Silva foi abordada por policiais militares, que a prenderam em flagrante portando e vendendo grande quantidade de entorpecentes.
Mas a Justiça acabou libertando a mulher na audiência de custódia nesta sexta-feira (10). Tatiana foi pega com 18 trouxinhas de maconha, dois pinos de cocaína e alguns trocados em dinheiro.
Ela afirmou que o preço de cada unidade pequena da droga era R$ 5 e as porções maiores ela vendia por R$ 10. Ao final do dia, vendendo 28 porções de drogas seu lucro líquido era de R$ 40.
O delegado responsável pelo caso, Gustavo Alves, da Delegacia de Entorpecentes (Dise) de Ribeirão, disse que a traficante com aparência infantil foi abordada em uma rua do bairro Jardim Helena, pois o movimento de pessoas na rua era muito grande. A polícia desconfiou da movimentação e decidiu abordar Tatiana, que, ao ver a polícia, demonstrou nervosismo, mas não tentou se evadir.
Como o traficante de rua normalmente não porta a droga, foi necessária uma abordagem estratégica. No momento certo, a polícia conseguiu fazer o flagrante.
Mesmo assim, a princípio, a polícia achou se tratar de uma criança em delito, dada a aparência de Tatiane. Somente na delegacia se percebeu tratar-se de uma adulta, que na adolescência já havia sido presa pelo mesmo crime.
O delegado demonstrou certa frustração por ela ter sido solta na audiência de custódia. Ele disse que Tatiana é perigosa e a Justiça deve indiciá-la para coibir o tráfico nas ruas onde ela atua.