Na manhã desta última terça-feira, 30 de maio, policiais militares, que faziam uma ronda rotineira na região de Santo Amaro, zona sul de São Paulo, flagraram um jovem descontrolado, tentando pular o muro de uma residência. Aparentemente sob o efeito de drogas, o rapaz se encontrava sujo, trajando roupas rasgadas e tinha diversos ferimentos pelo corpo.
Abordado pelos policiais que realizavam a ronda e notaram o comportamento e aparência deploráveis do 'suspeito' que não tinha ficha criminal, acionaram a equipe de resgate, que encaminhou o mesmo para o Hospital Municipal do Campo Limpo, que fica próximo ao local onde ele foi encontrado.
Ao iniciar o procedimento clínico, o paciente foi identificado como sendo o milionário doutor em química, Andreas Albert von Richthofen, graças a um brasão de ouro que o rapaz carregava consigo em um dos bolsos de sua bermuda. Com ferimentos superficiais no corpo, devido às tentativas de pular o muro da casa, ele recebeu os devidos cuidados na enfermaria e foi encaminhado para a ala psiquiátrica do hospital, para que seu quadro psíquico fosse investigado.
Bastante sujo, abatido, agitado e com olhos 'vidrados' típicos de usuários de drogas, Andreas permaneceu na ala psiquiátrica da unidade até ser amparado por seu antigo tutor, o médico, Miguel Abbdallah, que ao tomar ciência do estado do sobrinho, o encaminhou para uma clínica de reabilitação particular.
Andreas, que aos 15 anos de idade ficou órfão de pai e mãe após ambos serem cruelmente assassinados em quanto dormiam à pedido da irmã mais velha, Suzane von Richthofen, se tornou uma figura conhecida da sociedade brasileira, que na época se solidarizou com seu drama familiar.
Quinze anos se passaram desde o assassinato dos pais, e Andreas se tornou um homem estudioso e recentemente se graduou como doutor em química.
Dono de uma grande fortuna, Andreas sempre se mostrou a parte do status, e com os próprios méritos, conquistou seu trabalho de farmacêutico em uma grande empresa.
Durante uma delação anônima, uma fonte próxima ao prefeito de São Paulo, João Doria, afirmou a equipe de jornalismo do 'Portal UOL', que Andreas frequentemente era visto circulando entre os dependentes químicos da região intitula Cracolândia.
Ele, que após dar entrada no hospital e ter sua identidade divulgada, teve seu boletim médico exposto pelo jornalismo do jornal 'O Globo' e nele continha a informação de que o paciente de fato havia feito uso de 'substâncias ilícitas'.