Nesta segunda-feira (5) veio a público um caso ocorrido em 28 de abril, envolvendo uma juíza, que não foi identificada por motivos óbvios, uma amiga dela e três vereadores do município de Piraí, do estado do Rio de Janeiro. O quinteto participava de uma suruba em um hotel de Brasília, que encerrou com agressões e até ameaça de morte.

Embora tenha pedido para não ser identificada, a juíza dá nome aos bois e conta o que aconteceu em detalhes.

De acordo com o relato, estavam presentes os vereadores Flávio Banana, do PCdoB, Júnior Rocha, do DEM, e Paulo César Leandro Simplício, do PDT, que estavam no Distrito Federal por ocasião da Marcha dos Vereadores.

A citada amiga, em certo momento foi para o banheiro com Flávio Banana, deixando a juíza com os outros dois vereadores. Foi então que, segundo ela, Júnior Rocha e Paulo César Leandro Simplício “saíram do armário” e começaram a se beijar. Os dois queriam que a juíza participasse do momento e ela disse não. Então, ambos, furiosos, se tornaram agressivos.

“Essa menina não está com nada”

Ainda de acordo com o depoimento da juíza, Júnior Rocha desferiu um tapa em seu rosto e gritou: “Essa menina não está com nada!”.

Em pânico, a juíza pediu ajuda à amiga, que, quando se deu conta da situação, colocou o vestido e fugiu do local.

A confusão foi grande e as agressões continuaram.

O vereador que antes estava no banheiro com a amiga, também bateu no rosto da juíza e a chamou de vagabunda.

Simplício barrou a porta e disse que ninguém sairia, mas Júnior Rocha alegou que não havia mais “clima” para diversão.

A juíza ainda apelou para o “companheiro” da amiga, Flávio Banana, pedindo que não a deixasse sozinha, mas ele foi embora. Neste momento, Paulo César Simplício, gritando que ela era “belíssima”, mordeu a juíza no rosto. Logo em seguida, fora de controle, o vereador gritava que também era “belíssima”: “Sou a Paloma e você não me conhece”.

Em uma tentativa desesperada de se salvar, ao ser jogada no chão a juíza fingiu haver desmaiado e foi aí que aconteceu o pior: Simplício a ameaçou com uma faca no pescoço, prometendo “mata-la, beber o sangue e comer a sua carne”.

O desfecho

Quando finalmente conseguiu sair e se dirigir ao saguão do hotel, a juíza encontrou a polícia e sua amiga. Como consequência da noite que prometia apenas diversão, a juíza teve hemorragia na glândula parótida e fibrose nos braços, o que causou a perda dos movimentos de dois dedos de uma das mãos.