Alunos do ensino fundamental são suspeitos de envenenarem com “chumbinho” uma professora no interior de Pernambuco. O crime teria sido realizado por três alunos, com idades entre 9 e 11 anos. Segundo a professora, os alunos colocaram veneno de rato dentro de sua garrafa de água enquanto ela estava fora de sala.
Professora afirma ter passado mal e sentir a boca formigar após a ingestão do líquido
Ainda bastante abatida e sem entender o que aconteceu, a professora afirmou que seus próprios alunos colocaram veneno de rato em sua garrafa de água. "Comecei a passar mal.
Senti minha boca formigar", disse docente, que prefere não ser identificada. Os sintomas começaram assim que ela ingeriu a água que estava em sua garrafa.
Aluno teria visto a ação
Bastante consternada, a professora, que ministra em uma escola particular no município de Nazaré da Mata, interior do Pernambuco, disse à polícia que, algumas semanas atrás, essas mesmas crianças suspeitas de colocar veneno dentro da sua água teriam a ameaçado de envenenamento. "Eles haviam me ameaçado de envenenamento, porém eu não acreditei que, com essa idade, eles teriam coragem de fazer isso", contou.
Ainda segundo a docente, um outro aluno teria visto a cena em que essas três crianças teriam aberto a garrafa de água e inserido o veneno.
Delegado-titular decide manter escola fechada para investigação do crime
O delegado Rommel Lima disse que vai ouvir testemunhas para entender melhor o caso e que deverá chamar os pais das crianças para depoimento. Rommel já adiantou que o crime parece ter sido premeditado, já que os fatos de três alunos conseguirem o veneno de rato, esperarem a professora sair da sala e colocarem a substância dentro da garrafa são a confirmação de um crime planejado.
No Brasil, as crianças não podem responder por crimes judicialmente, entretanto, os pais podem ter problemas com a justiça caso seja confirmado que tenham sido eles os autores do envenenamento.
Professora foi internada, mas tem alta
Por sorte, a docente não teve nenhum problema mais sério, já que, ao sentir os primeiros sintomas e ao lembrar da ameaça dos alunos, ela se dirigiu diretamente para o hospital Ermírio Coutinho, onde passou por uma série de exames, foi medicada e liberada.
O Conselho Tutelar do município disse que vai acompanhar o caso de perto, já que o fato de crianças de 9 e 11 anos envenenarem alguém não é uma atitude normal.