Três anos e meio após o desastre que assolou e devastou parte da cidade de Mariana, em Minas Gerais, uma nova tragédia compromete a vida dos mineiros.

No início da tarde desta sexta-feira (25), a barragem da empresa Vale não conteve o volume do material que armazenava e vazou da barragem 1 da Mina Feijão, no município de Brumadinho, devastando uma grande região e causando estragos a muitos moradores do local.

Presidente compara tragédia em Brumadinho com a de Mariana e afirma que espera prejuízos ainda maiores

O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, concedeu uma entrevista coletiva aos principais jornais do país, na tarde desta sexta-feira, 25, após o incidente em Brumadinho.

Sem esconder sua preocupação com o caso, bem como com toda a repercussão que o desastre está tendo na mídia brasileira e internacional, Schvartsman foi bastante claro e direto ao declarar que espera uma tragédia humana superior a de Mariana, que aconteceu em novembro de 2015, após uma barragem da empresa Samarco se romper e contribuir assim para a morte de 19 pessoas.

Indagado a respeito de suas perspectivas sobre o ocorrido, o presidente da mineradora responsável pela barragem revelou: “Estamos falando de uma quantidade grande de vítimas, mas possivelmente o dano ambiental será menor (se comparado ao dano ambiental que devastou parte de Mariana)”.

Entenda o que aconteceu com a barragem de Brumadinho

Operada pela Vale em parceria com a mineradora australiana BHP, a barragem 1 da Mina Feijão, na cidade de Brumadinho, que se encontrava fora de operação há pelo menos três anos, acabou cedendo e com isso liberando seu material sobre o local, carregando e destruindo tudo o que havia pela frente.

De acordo com informações passadas horas após o incidente pelo próprio executivo Fabio Schvartsman, presidente da Vale, a mineradora contava com a prestação de serviço de 300 funcionários no local onde houve o rompimento.

Ainda segundo Fábio, mais de cem colaboradores já haviam sido localizados.

O rompimento da barragem 1 da Mina Feijão se deu na hora do almoço e causou o soterramento do restaurante onde os mesmos se concentravam.

Fábio ainda aproveitou a oportunidade para informar que o último relatório de fiscalização e auditoria na barragem aconteceu no último dia 26 de setembro de 2018 e teve como laudo a perfeita estabilidade do sistema.

A companhia que efetuou a vistoria é da Alemanha e se destaca no mercado como sendo especialista em revisões de barragens.