Na tarde do último domingo (7) morreu Brunna Silveira Lopes, de 7 anos. A garota se encontrava em grave estado de saúde após ter passado por uma cirurgia de transplante de coração. A cirurgia ocorreu no Instituto de Medicina Integral Fernando Figueira (Imip), localizado no Recife. Ela possuía uma grave doença do coração e saiu do Rio Grande do Norte, onde mantinha residência, e foi juntamente com sua família para o a capital de Pernambuco para a realização da cirurgia.

A direção do Instituto informou que a morte da criança ocorreu ao final da tarde de domingo.

Foi notificado pela unidade de saúde que todas as medidas necessárias e assistência foram fornecidas para a garota e para sua família. O corpo da menina está sendo encaminhado nesta segunda-feira (8) para a cidade de Serrinha (RN), onde ocorrerá o velório e o enterro.

O transporte de Brunna para Recife onde foi realizar sua cirurgia foi feito através de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) na última quarta-feira (3). Junto com a criança, a mãe Núbia Barbosa de 46 anos, também foi para a capital de Pernambuco. No dia seguinte, na quinta-feira (4) foi realizado o transplante de coração da criança. Mas no mesmo dia ela mostrou um sangramento e novamente foi levada para a sala de cirurgia. A mãe da garota, Núbia, revelou que teria vontade de encontrar com a família de quem doou o órgão para a sua filha.

Já no sábado (6), os familiares da criança puderam à visitar no hospital. Foram ao hospital o pai da criança e seus três irmãos mais velhos.

O médico que acompanhou a saúde da garota no Rio Grande do Norte, Madson Vidal, relatou que ela vivia com uma doença chamada transposição das grandes artérias. Ainda quando bebê, ela passou por uma cirurgia para conter o problema momentaneamente.

A criança era paciente do Sistema Único de Saúde (SUS) e desde sempre recebeu seus tratamentos e acompanhamentos pela sistema. Nas últimas duas semanas ela demonstrou necessidade de passar por um procedimento que iria melhorar a sua oxigenação e porque os médicos notaram uma coloração em tons de roxo na pele da criança. Este procedimento no entanto foi muito para o novo coração da menina, que não aguentou.

A busca pelo transplante

Após ser acionado pelo Sistema Nacional de Transplantes, o Imip recebeu Brunna que foi para a lista de prioridades máximas das doações. Anteriormente ela havia sido negada pela Central Nacional de Transplantes no Hospital Rio Grande, local aonde ela estava internada. Na ocasião, o médico de Brunna, Madson Vidal, desabafou a respeito do caso da garota. Por fim, vários órgãos foram mobilizados para que fosse feita a cirurgia na cidade do Recife. A cirurgia da menina envolveu cerca de 20 profissionais da saúde.