Na última quarta-feira (19), um homem de 40 anos e o seu filho, de apenas 14, morreram afogados em um tanque. O caso aconteceu na cidade de Maetinga, localizada na região sudoeste do estado da Bahia, ao final da tarde. As informações a respeito da tragédia foram fornecidas pela Política Militar. O homem foi identificado como Carlos Barros de Almeida e o seu filho foi identificado como Igor Vieira de Almeida.

De acordo com testemunhas presentes no local da ocorrência, pai e filho tentavam instalar uma bomba no tanque, cujo objetivo era captar água.

Tal tanque fica na Fazenda Gado Novo, nos entornos da cidade de Juremal.

Entretanto, durante o processo, o garoto começou a se afogar. O pai, ao perceber o que estava acontecendo, tentou salvar o filho, mas os dois acabaram se afogando e vindo a óbito. Atualmente, os corpos das vítimas estão de posse do Instituto Médico Legal (IML) de Brumado e passarão por uma necropsia.

Alto número de afogamentos

Infelizmente, mortes por afogamento não são tão incomuns no território nacional. O Brasil possui o maior índice de mortes do tipo em toda a América Latina. As informações foram fornecidas através de um estudo da Sobrase (Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático).

De acordo com o presente estudo, estima-se que a cada 91 minutos uma pessoa morra afogada no Brasil.

Isso totaliza cerca de 16 mortes por dia e 5840 mortes anuais. Entre essas mortes, os homens são as maiores vítimas da fatalidade, com 6,8% a mais de mortes masculinas do que femininas.

Além disso, outro ponto levantado pelo estudo do Sobrase se refere a faixa etária das vítimas de afogamento. Estima-se que 47% das mortes sejam de pessoas que possuem até 29 anos.

A maioria delas acontece em locais como rios e represas.

Ao se separar por região o número de mortes por afogamento, se torna perceptível que a região sul do país apresenta o terceiro maior índice de mortalidade. São 2,8 óbitos a cada 100 mil habitantes por ano. Quando se considera os acidentes que não levam a óbito, os números também são altos: 100 mil por ano.

Dessa forma, é possível concluir que a cada 100 afogamentos registrados no Brasil anualmente, 5 são fatais.

Para que esse estudo fosse construído, foram levados em consideração dados do anos de 2016, fornecidos pelo Datasus, um bando de dados do Sistema Único de Saúde.

Também foram levantados pela Sobrasa quais são os locais que representam o maior risco de afogamento. Para obter esses dados foram considerados fatores como o número de óbitos ocorridos em locais de água doce, como rios e cachoeiras.

Além disso, afogamentos ocorridos em piscinas também foram considerados, uma vez que crianças e adolescentes estão sempre expostos a esse tipo de risco de afogamento. De acordo com as informações da Sobrasa, o afogamento ocupa a segunda posição nas causas de morte de crianças com as idades entre um e quatro anos e a terceira posição na faixa etária que se estende de dez a catorze anos.