Maria Ysadora e Maria Ysabelle, de 3 anos, nasceram unidas pela cabeça e precisaram passar por uma cirurgia que na época foi considerada inédita no Brasil. As meninas são cearenses e neste Sábado (8), um ano e três meses depois do procedimento que as separou, a gêmeas foram batizadas em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
O batismo aconteceu no Santuário das Sete Capelas. Uma das madrinhas das crianças é a médica especialista em oncologia e pediatria Maristella Francisco dos Reis, que na época acompanhou e deu todo suporte durante o procedimento de separação das gêmeas.
Em uma entrevista, a médica afirmou que tudo aconteceu graças à força das meninas. A médica ainda afirmou que o trabalho de toda equipe foi maravilhoso e que todos se ajudaram muito, mas a força verdadeira veio das meninas, e que, por esse motivo, ela tem muito orgulho delas.
Pai fala sobre a escolha do local do batismo
O pai da gêmeas se chama Diego de Freitas e contou que escolheu a cidade de Ribeirão Preto para fazer a celebração do batismo porque foi o lugar onde as meninas ganharam qualidade de vida logo depois da cirurgia que deu a elas a possibilidade de ter uma nova vida.
O pai ainda disse que eles criaram um laço muito grande de afeto pela equipe médica que atendeu as meninas e por isso os escolheram como madrinhas e padrinhos.
Diego disse que se sente muito feliz por batizar as crianças na cidade e que irá levá-las mais vezes a São Paulo para que possam conhecer as pessoas que as ajudaram.
Diego afirmou que o momento foi muito especial, algo realmente abençoado por Deus e que o batismo das filhas trouxe muitas coisas boas para a família deles. Na cerimônia de batismo estavam presentes os médicos que acompanharam as meninas durante o procedimento e eles ainda tem um longo caminho pela frente, pois toda a equipe irá acompanhar a saúde e a evolução das gêmeas até elas completarem 6 anos de idade.
De acordo com os médicos, a fase que as crianças estão vivendo é a mais importante, pois a partir daí elas vão precisar de muita intervenção dos pais com estimulação e isso deve ser feito exatamente no período em que o cérebro das crianças está em forte desenvolvimento. Depois dessa etapa os médicos disseram que o acompanhamento poderá ser a longo prazo.
A equipe médica havia marcado uma reunião para discutir o caso das crianças, mas de acordo com o neurocirurgião que esteve presente na cerimônia as meninas estão muito bem e com uma excelente cicatrização, a preocupação agora é com a consolidação óssea que também provavelmente está evoluindo muito bem.
As meninas moram em uma pequena cidade do distrito de Aquiraz que fica a 60 km de Fortaleza no Ceará, na época as meninas foram transferidas para Ribeirão Preto onde os médicos acompanharam todo o caso e fizeram a cirurgia inédita no país.