Na última semana, o funcionário de um quiosque localizado em Mongaguá, região litorânea do estado de São Paulo, salvou três membros de uma mesma família que estavam se afogando. O rapaz, que tem apenas 18 anos de idade, relatou que ouviu os gritos quando estava prestes a iniciar a sua jornada de trabalho.

Guilherme Tawan dos Santos, autor dos salvamentos, concedeu uma entrevista ao site G1 sobre o ocorrido. É possível afirmar que o caso aconteceu ainda no último domingo (9), em uma praia localizada no bairro Vera Cruz.

De acordo com o jovem, ele havia chegado exatamente naquela hora para trabalhar no quiosque e ouviu os gritos da família.

Posteriormente, Guilherme afirma ter visto um dos seus amigos correndo em direção ao mar e, a partir daí, ele não pensou antes de ir também.

O jovem ainda relatou que, ao se aproximar, percebeu que havia três pessoas se afogando simultaneamente. A distância entre elas, por sua vez, era de cerca de 30 metros após a areia da praia. Então, de acordo com Guilherme, ele acabou percebendo que o seu amigo não conseguiria chegar até aquelas pessoas e se encarregou do trabalho de tirá-las sozinho dali.

O rapaz afirma que apenas pediu a Deus para que lhe desse fôlego o suficiente para fazer isso, e foi em frente. A partir desse ponto, ,Guilherme nadou até cada uma das vítimas separadamente e foi retirando-as da água com a ajuda do seu amigo, que ficou esperando na parte mais rasa da praia de Vera Cruz.

Bombeiros chegam ao local

Segundo o relato do jovem, os guarda-vidas apenas chegaram ao local quando ele estava realizando o resgate da terceira pessoa da água. Então, eles o ajudaram a executar essa tarefa e ele foi se deitar na areia para recuperar o fôlego e também devido às dores.

Guilherme afirma que tais dores não se comparam ao quanto ele se sentiu grato por ter tido a oportunidade de salvar a família.

De acordo com o relato do jovem ao G1, uma familiar das três vítimas chegou a agradecê-lo pelo salvamento.

O jovem relatou que a autora dos agradecimentos foi uma das mulheres que ele viu gritando por socorro quando chegou ao quiosque em que trabalha. Ao agradecê-lo, ela chegou a lhe dar um abraço. Entretanto, Guilherme afirma que estava completamente sem forças depois de suas ações heroicas e não conseguiu ter maiores contatos com as vítimas depois disso.

Segundo o jovem, a praia estava completamente vazia na ocasião em que tudo aconteceu, de modo que os bombeiros chegaram só depois que ele já havia lidado com a situação. O jovem ainda pontuou que se sente grato por ter tido a oportunidade de salvar a família, e afirmou que pretende fazer um curso de guarda-vidas para o próximo verão, de forma que ele possa ajudar ainda mais visitantes.