Um crime que chocou todo o Brasil, o menino Enzo Maia dos Santos foi baleado e morto em plena festa de aniversário, no dia em que completaria 4 anos. O dono da arma que o levou a óbito era Pedro Vinícius de Souza Pevidor, que foi preso preventivamente por ordem do juiz Pedro Ivo Martins Caruso D'ippolito, da Central de Custódia. O crime ocorreu na noite do último domingo (7), na cidade de Magé (Baixada Fluminense), em plena festa de aniversário da vítima, que ocorria na casa de sua família. O próprio pai do garoto foi quem conseguiu desarmar e imobilizar o suspeito até a chegada dos policiais.

Acusado não foi convidado e havia bebido

O suspeito do crime, Pedro Vinícius de Souza Pevidor, um ex-soldado do Exército que já havia sido preso, trabalhava como técnico de telefonia celular. Segundo o pai da vítima, ele mostrava indícios de que havia ingerido bebidas alcoólicas antes de entrar na festa do menino Enzo. Outro detalhe levantado pelo pai foi de que nem Pedro Vinícius nem um vizinho que o estava acompanhando foram convidados para a festa da criança.

Relato do crime de Enzo segundo o juiz do caso

O juiz Pedro Ivo Martins Caruso D'ippolito, da Central de Custódia, contou como foi a história que o próprio pai relatou nos autos. No decorrer da festa, o pai observou que entraram na casa um vizinho e outro amigo que não haviam sido convidados e que eles teriam saído de uma outra festa onde tinham consumido bebida alcoólica.

Porém, o pai ainda relata que, mesmo não sendo convidados, eles foram servidos normalmente. Quando eles estavam próximo ao portão para irem embora, seu filho Enzo foi até lá para recebê-los, foi aí que ouviu o tiro. Ao sair para ver o que tinha acontecido, o pai viu o filho caído ao chão. Populares mostraram quem tinha atirado.

O suspeito tentou empreender fuga, mas foi contido pelo pai e tio da vítima, até que os policiais militares chegassem ao local.

Motivo da prisão em flagrante

Ao converter a prisão preventiva em flagrante, o juiz levou em consideração o ato de Pedro Vinícius de ter entrado em uma festa infantil de posse de uma arma de fogo com várias munições.

Com essa atitude, ele coloca todos em sua volta em perigo iminente do disparo da arma que portava: "Revela-se, assim, a periculosidade concreta do custodiado, apta a ensejar sua segregação cautelar".

Ao ser preso e chegar na 66ª Departamento de Polícia de Piabetá, o suspeito se reservou ao direito de ficar em silêncio e só relatar o que aconteceu na presença de um juiz. Segundo a polícia, ele havia afirmado que o disparo que atingiu o menino Enzo teria sido acidental. A Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro irá fazer uma reconstituição do crime para saber de fato o que aconteceu naquele domingo.