O atleta da seleção brasileira Daniel Alves continua preso na penitenciária de Barcelona após ser acusado de violência sexual por uma jovem de 23 anos. Contudo, diferentemente do que acontece com outros presos por acusações desse tipo, o jogador não está sendo hostilizado pelos demais detentos, mas sim sendo tratado como ídolo dando até autógrafos.
Uma jovem acusa o jogador de abuso, que teria acontecido em uma boate no dia 30 de dezembro de 2022. Alves está preso desde o dia 20, sem direito à fiança.
Um homem, que cumpriu pena de 14 anos no local e saiu recentemente, afirmou que o atleta está sendo tratado como ídolo dentro da unidade prisional.
Segundo informações passadas pelo ex-detento à emissora Telecinco, Daniel, que já jogou pelo Barcelona e pelo Sevilla no país europeu, está, inclusive, autografando os pertences de outros detentos.
Ex-detento mostra camisa autografada por Daniel Alves na prisão
Em conversa com a emissora local, o homem chegou a mostrar uma camisa sua que foi autografada pelo brasileiro dentro da penitenciária. Na peça, o jogador desenhou um rosto sorridente e, em espanhol, escreveu: “Abraço, com carinho”.
Além disso, ainda conforme relato do ex-preso, os demais detentos não tratam Daniel Alves da mesma maneira que tratam outros presos acusados do mesmo crime.
Daniel Alves passou por sua suposta vítima enquanto ela chorava, afirmam testemunhas
De acordo com informações divulgadas pelo jornal local La Vanguardia, Daniel Alves chegou a passar por sua suposta vítima enquanto ela estava aos prantos, inclusive, sem conseguir contar o que havia acontecido com ela. A jovem, que estava acompanhada por uma prima, pediu para que elas fossem embora imediatamente após ter deixado o banheiro, onde permaneceu por 16 minutos com o camisa 13 da seleção brasileira.
Ao notar o desespero da jovem, o porteiro da boate passou a cumprir com o protocolo de violência contra a mulher exigido pela empresa. Desta forma, ele levou a vítima e a sua prima para um local reservado.
Ao ter conhecimento sobre o que estava acontecendo, o diretor da boate, Robert Massanet, passou a tentar acalmar a jovem, para que assim ela pudesse contar o que havia acontecido.
Neste momento, enquanto ela chorava desesperadamente, segundo relatos, o atleta teria passado pelo corredor e seguido diretamente para o bar. Após pedir uma bebida, ele deixou a casa noturna.
Minutos depois, a moça conseguiu relatar a Massanet o que havia acontecido e rapidamente a polícia foi acionada. Além disso, de acordo com matéria do jornal, uma câmera acoplada ao uniforme de uma policial fez registros da jovem aos prantos. Em depoimento, a vítima chegou a dizer que estava se sentindo envergonhada e culpada por ter aceitado um convite do atleta para entrar na área VIP da boate.