A Polícia Federal (PF) negou nesta segunda-feira (9) a informação de que uma idosa teria morrido no ginásio para onde foram levados os bolsonaristas que haviam sido presos no acampamento no Quartel-General do Exército em Brasília.

"A Polícia Federal informa que é falsa a informação de que uma mulher idosa teria morrido na data de hoje (9/1) nas dependências da Academia Nacional de Polícia", publicou a PF em seu perfil no Twitter.

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro usaram a imagem de uma idosa, alegando que ela teria morrido devido à falta de água.

No entanto, uma breve pesquisa na internet revela que a fotografia foi retirada de um banco de imagens gratuito, expondo a falta de fundamento das acusações feitas.

Deputada federal Bia Kicis ajudou a espalhar a fake news

Na segunda-feira o boato foi repercutido no plenário da Câmara dos Deputados pela deputada federal Bia Kicis (PL-DF). Durante seu discurso, a parlamentar chegou a afirmar que a notícia havia sido confirmada pela Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF).

No entanto, posteriormente a deputada voltou atrás em suas declarações, admitindo ter cometido um "equívoco" e esclareceu que a informação não passava de um boato sem fundamento.

Quem é a idosa na foto

A imagem que foi utilizada para dar vida ao boato foi originada de um acervo gratuito de fotografias do fotógrafo Edu Carvalho, de Campinas (SP).

De acordo com Edu, a fotografia retrata a senhora Deolinda Tempesta Ferracini, avó da esposa dele, que faleceu em novembro de 2022, devido a um acidente vascular cerebral (AVC) .

Juliana Cuchi Oliveira, neta da idosa cuja imagem foi indevidamente associada na falsa notícia de falecimento no ginásio em Brasília, decidiu desabafar publicamente nas redes sociais nesta terça-feira (10) sobre a utilização inapropriada da fotografia da avó. "Fake news porca, nojenta!", disse ela.