Um grupo de garimpeiros foi surpreendido ao tentar entrar ilegalmente na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, pelo rio Uraricoera. O rio é conhecido como rota de garimpeiros e está sob vigilância do Ibama e da Força Nacional. Na ação realizada na noite da quarta-feira (8), a força-tarefa apreendeu combustíveis, maquinário usado no garimpo e alimentos, e destruiu barcos e dragas usados pelos invasores.
A Força Nacional e o Ibama intensificam sua fiscalização contra o garimpo ilegal na reserva Yanomami, em Roraima. Durante o dia, eles abordaram mais grupos de garimpeiros, apreendendo todo o material encontrado a bordo dos barcos.
Além disso, os agentes também encontraram uma arma com um dos grupos de garimpeiros.
Os agentes também estão trabalhando para garantir a proteção dos indígenas da reserva Yanomami. Por questão de segurança, a sede do Ibama foi reforçada pela Força Nacional, que está atuando ao lado da Polícia Federal e de outras forças armadas de outros estados. A operação tem como objetivo ocupar o território Yanomami, prender os garimpeiros que ainda estão na reserva e destruir maquinários. Além disso, a Polícia Federal está investigando os financiadores do garimpo, que é apontado como a principal fonte da crise humanitária dos indígenas.
"Operação de retirada dos garimpeiros na Terra Indígena Yanomami não será rápida", afirma Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara
Ao longo dos anos, foram feitas várias ações para combater o garimpo na Terra Indígena Yanomami, no entanto, essas ações não foram suficientes para evitar sua continuidade, de acordo com o fiscal do Ibama, Hugo Loss.
É necessário que sejam realizadas ações contínuas e de presença constante no território para evitar a invasão de garimpeiros, explica Loss.
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, também se pronunciou sobre a operação de retirada dos garimpeiros, afirmando que ela pode se estender por até um ano. É importante destacar a importância de uma ação contínua e eficaz para preservar a Terra Indígena Yanomami e proteger os direitos dos povos indígenas.
José Múcio Monteiro concordou que o tamanho da destruição é impactante e afirmou que as Forças Armadas estão comprometidas em ajudar a resolver o problema. "Estamos aqui hoje para nos sensibilizar com a situação, ver de perto como está a realidade e como podemos ajudar na solução. O garimpo é uma atividade ilegal e prejudica não só os povos indígenas, mas também o meio ambiente e o país como um todo.
As Forças Armadas estão prontas para apoiar as ações de fiscalização e proteção da Terra Indígena Yanomami", disse o ministro da Defesa.
PF e Forças Armadas destroem equipamentos
"Esta é uma ação fundamental para garantir a proteção dos povos indígenas e para preservar a biodiversidade da região", afirmou o chefe da PF, Rolando Valente. Ele destacou ainda a importância de combater a criminalidade organizada e os financiadores do garimpo.
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, também destacou a necessidade da ação para garantir a segurança dos indígenas e para preservar a biodiversidade da região. "Não podemos permitir que a exploração ilegal de recursos naturais cause danos irreparáveis ao meio ambiente e ao modo de vida desses povos", afirmou.
A operação conta com o apoio da Força Nacional, do Ibama e do Ministério Público Federal. A expectativa é de que a ação possa durar por um período prolongado, mas os órgãos envolvidos esperam que os resultados possam ser alcançados rapidamente.
Além disso, a operação tem como objetivo coibir a entrada de novos garimpeiros e evitar que os atuais retornem ao território. A ideia é garantir a proteção dos recursos naturais e dos direitos dos povos indígenas que habitam a região, e contribuir para o fortalecimento da preservação da cultura e da biodiversidade.
A destruição dos equipamentos e maquinários usados no garimpo é uma medida importante para desestimular a continuidade dessa atividade ilegal, já que se trata de um investimento significativo para os garimpeiros.
A operação também visa dar resposta às denúncias de invasão do território indígena, de exploração ilegal de minérios e de degradação ambiental, que prejudicam a saúde e o bem-estar dos povos indígenas, além de prejudicarem o meio ambiente e a biodiversidade.
Os envolvidos na operação estão trabalhando em conjunto para garantir a eficácia das ações e a proteção dos direitos dos povos indígenas e da biodiversidade na região.