Ser ou não ser, eis a questão? - uma oração tão clássica de Shakespeare explica muitas divergências no mundo biológico. E não é por menos, como a biologia é cheia de discrepâncias... Uma delas, das maiores, debate sobre o vírus. Afinal, é ou não é um ser vivo? Que cargas d'água têm estas partículas que geram tantas discussões?

Os vírus são partículas minúsculas que tanto possuem características de seres vivos quanto não possuem. Impreterivelmente, invadem células - mortas ou vivas - para que possam sobreviver e reproduzir, enfim, metabolizar.

Portanto, metabolizam, mas para isto acontecer eles precisam, obrigatoriamente, estar inclusos dentro de uma célula. Ao menos e por enquanto é isto que conhecemos de modo geral!

Seriam eles vivos ou não? Segundo Matheus Amorim, colunista do Amotrix, os vírus devem ser considerados seres vivos sim, pois apresentam características destes mesmos, apenas não se enquadrando em nenhum dos reinos sugeridos até hoje. Ele usa a Teoria Celular para esta explicação. Contudo, milhares de outros biólogos exprimem que o vírus não é um ser vivo justamente por não apresentar uma célula e ser apenas "um aglomerado molecular envolto por uma capsula". E ficamos naquela: sim ou não?

Puxando a sardinha para o meu lado, os vírus são seres vivos sim, visto que apresentam metabolismo e necessidade de reproduzir-se, aliás, como se reproduzem, não é?

Podem gerar milhares de partículas em questões de segundo. Além disto, apresentam ácidos nucleicos (um ou outro, geralmente), seja DNA ou RNA, eles têm, o que os tornam ainda mais parecidos com as formas de vida existentes. Em minha humilde opinião, serve de exemplo para qualquer ser vivo, e não poderiam ser eles parentes nossos distantes?

Quem é que sabe disto? A nós, só basta opinar...

Mas antes de definirmos o que o vírus é o ou não, saberíamos nós dizer o que é a vida? Geralmente tentamos definir algo antes mesmo de conhecermos outras premissas dele. É como 2 + 2, pode ser "4" e também "22", o resultado só depende do seu ponto de vista!