Segundo um novo estudo acadêmico, não há diferenças claras entre os cérebros masculinos e femininos.

Uma equipe de cientistas, liderados pela psicobióloga Daphna Joel da Universidade Tel Aviv, Israel, examinaramminuciosamente mais de 1400 ressonâncias de pessoas com idade entre 13 e 85 anos por evidências de variações baseada em gênero.

Eles analisaramuma gama de características cerebrais, desde a quantidade de matéria cinzenta e branca para os tamanhos de diferentes partes do cérebro, e até mesmo a força de conexões do cérebro.

Embora alguns recursos tenham sido considerados mais comuns em um sexo do que em outro, os cientistas descobriram que o cérebro de cada pessoa tem um “mosaico” único dessas características, com algumas vistas comumente em ambos.

Em toda a amostra, entre 0% e 8% das pessoas tinham cérebros “todo masculino” ou “todo feminino”, dependendo da definição, com a grande maioria em algum lugar no meio, de acordo com os cientistas.

“O estudo é muito útil em fornecer suporte biológico pra algo que nós já sabíamos há algum tempo – que o gênero não é binário”, disse Meg John Barker, um psicólogo da Universidade Aberta de Milton Keynes, Inglaterra.

A pesquisa acaba com a teoria que ter um cérebro “masculino” ou “feminino” pode afetar o sucesso das pessoas no mercado de trabalho.

Um estudo publicado em outubro pela Universidade Anglia Ruskin sugeriu que mulheres com um cérebro masculino, ou Tipo S, recebem 6,3% mais do que aquelas com um cérebro feminino no mercado de trabalho do Reino Unido.

Aqueles com um cérebro Tipo S também tendem a ser melhores em construção ou análise de sistemas, enquanto pessoas com cérebros femininos, ou Tipo E, ser mais empáticos, de acordo com a pesquisa.

“As pessoas se apegaram à ideia de que ser masculino ou feminino é altamente preditiva de ter diferentes aptidões ou escolhas de carreira”, disse Margaret McCarthy, que estuda as diferenças de sexo do cérebro na Universidade de Maryland, Baltimore.

“Este estudo luta contra a ideia que estes resultados são baseados em diferenças biológicas, em oposição às expectativas culturais”.