Ambientes abafados, ficar horas sem comer, muito tempo em pé, ansioso ou exposto a alguma emoção forte podem ser decisivos para um desmaio e para que tem a Síndrome do VasoVagal. É a certeza de um desmaio, que se define pela queda da Pressão Arterial, diminuição dos batimentos cardíacos, visão turva, causados pelo nervo Vago, localizado na nuca. O sangue se acumula na panturrilha e o cérebro entende que precisa dilatar os vasos, para acelerar os batimentos e fazer com que o sangue suba para o cérebro; com isso, o corpo faz um esforço enorme e a pessoa acaba por desmaiar.
A principal manifestação desta doença é a síncope (desmaio) e o portador, na maioria das vezes, sabe quando vai desmaiar, pois reconhece os primeiros sinais que antecedem a crise (ao contrário de desmaios simples e/ou ocasionais), que são: fraqueza, sudorese intensa, perda da coloração facial, muito calor, náusea, tontura, visão borrada, cefaleia ou palpitações. Ao ter estes sintomas, é imprescindível que a pessoa se deite com as pernas para cima ou, se for impossível deitar, sente-se, abrace os joelhos e aperte as mãos. Estas posições são importantes para fazer com que o sangue volte a circular rapidamente, indo para o cérebro e fazendo com que a pessoa volte ao normal.
Na presença desses sintomas, é importante procurar um médico Porém, o que dificulta o diagnóstico é que as pessoas normalmente procuram um clínico geral, que afirma que a causa do desmaio foi queda de pressão.
O ideal seria que o clínico encaminhasse para um cardiologista ou para um neurologista, porém estes especialistas são os últimos a serem procurados e, normalmente, são os que têm conhecimento do Vasovagal. A maioria da população e até mesmo os médicos associam os sintomas a arritmia cardíaca e crises convulsivas.
Após uma conversa detalhada com o médico, o paciente será submetido a muitos exames, mas o principal será o Tilt Test (Teste de Inclinação Ortostática), em que o paciente permanece com monitoração contínua de pressão arterial e eletrocardiográfica em decúbito dorsal horizontal e a 70º de inclinação ortostática (quase de pé).
O tempo varia de paciente para paciente.
A síndrome pode surgir em qualquer faixa etária, no entanto, é comum dos 10 aos 30 anos e em homens idosos. Os episódios, em geral, são recorrentes e ocorrem quando a pessoa está em pé. Se a pessoa, por exemplo, tem uma dieta com pouco sal ou tem tendência a não retenção de sal, é um gatilho para uma crise.
Tratamento
Não existe um tratamento específico para essa síndrome. Geralmente, os cuidados são mudanças no comportamento, como o aumento na ingestão de sal, exercícios físicos e, caso seja necessário, remédios para controlar a pressão e medidas que interrompam ou impeçam o mecanismo fisiopatológico que leva aos desmaios.
Se o gatilho que leva ao desmaio é mental ou emocional, como, por exemplo, a visão de sangue, exercícios baseados em exposição a estes gatilhos, orientados por terapeutas, apresentam uma grande redução das síncopes. No entanto, se o gatilho é um medicamento específico (um fármaco que abaixe a pressão), o cancelamento dele é o tratamento recomendado.
O individuo deve mover ou cruzar as pernas, contrair os músculos para evitar que a pressão arterial caia drasticamente.
Como precaução, a pessoa deve aumentar o consumo de sal e líquidos para acelerar a corrente sanguínea. Alguns medicamentos têm sido prescritos, como betabloqueadores e estimulantes do sistema nervoso central; no entanto, eles têm de ser usados com cuidados, pois podem até mesmo se tornar a causa de novas síncopes, por redução da pressão e da frequência cardíaca, se não prescritos corretamente.
As pessoas com síndrome Vasovagal têm uma vida normal, devendo apenas seguir os cuidados citados e as prescrições medicas, lembrando que sempre devem procurar um médico para informações específicas. Os maiores riscos são fraturas decorrentes das quedas por desmaio e a sensação de insegurança.