Há algumas coisas importantes sobre a primeira visita de uma mulher a um ginecologista (ou a uma ginecologista) que muitas pessoas não entendem e merecem um pouco de explicação. Entre essas coisas, podem ser mencionadas as três listadas a seguir:

1 - Quando começar a visitar um ginecologista

O ideal é que as visitas ao ginecologista comecem logo depois da menarca (primeira menstruação), ou antes se houver alguma dúvida ou algum problema específico.

Entende-se que, para muitas moças, é difícil ir ao ginecologista porque se trata de admitir a um estranho, um aspecto bem íntimo da vida da pessoa.

Outro fator que pode levar ao adiamento da visita ao ginecologista, é o temor de alguns pais de que a filha inicie-se precocemente na vida sexual, o que os leva a evitar discutir sexualidade ou compartilhar informações do tipo com a filha.

No caso dos temores dos pais, é preciso ficar claro que o objetivo da visita a um ginecologista é permitir que a jovem tenha informações sobre seu corpo, as mudanças que ocorrem nele e permitir que a saúde dela seja acompanhada pelo profissional. No caso dos temores que a filha possa ter, e que são normalíssimos nessas idade e situação, é preciso explicar-lhe que o corpo dela passa por transformações importantes, e precisa ter esse conhecimento.

2 - O que acontece na primeira consulta

Em primeiro lugar, é bom ressaltar que o ginecologista é um profissional médico, cuja atuação é regida pela ética médica e pelas leis referentes ao sigilo médico e outras obrigações profissionais.

De modo geral, a primeira consulta abrange perguntas sobre a saúde da paciente, sua alimentação, doenças que teve, sua menstruação, etc. Além disso, o peso e a altura da paciente são medidos. O exame físico baseia-se no exame de partes do corpo como vulva (região mais externa da vagina), seios e o abdômen. Para isso, a paciente deita-se sem roupa, mas com um avental aberto na parte da frente.

No caso de pacientes que já são sexualmente ativas, é feito também o exame de Papanicolau, que detecta algumas doenças sexualmente transmissíveis, como HPV e câncer de colo do útero. Além disso, o médico tira as dúvidas que a paciente possa ter sobre seu corpo e sobre sexualidade.

Enfim, trata-se de uma experiência informativa e indolor, importante para a saúde da mulher.

3 - A escolha do médico

Embora muitas famílias gostem da ideia da filha ter o mesmo ginecologista que a mãe, o ideal é que a opinião da filha seja levada em conta, já que, quanto mais ela confiar no profissional, mais tranquila ela estará, e melhor deverá transcorrer a consulta.

Outra questão que se manifesta na ocasião da primeira visita é se a jovem deve estar acompanhada ou não. Os médicos recomendam que, na primeira parte da consulta, ela esteja acompanha de um dos responsáveis que possa responder questões sobre a infância dela, doenças que teve, etc. Depois disso, recomendam que o acompanhante saia, ou permaneça a depender do que deixar a jovem mais tranquila e confortável.