Toda situação tem seus riscos, até ficar quieto em casa, como comprovam os casos de pessoas - algumas delas talvez até tivessem medo de voar - que morreram porque um avião caiu na casa delas ou bem perto. Ainda assim, é bom tomar as precauções possíveis e razoáveis ao longo da vida. Manter uma dieta balanceada, fazer exercícios, evitar produtos nocivos, tais como drogas, lícitas ou ilícitas, olhar para os dois lados antes de atravessar a rua, etc.
No caso do sexo, algumas precauções vêm à mente. Por exemplo, o uso de preservativo para evitar uma gravidez não desejada ou a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis.
Há, porém, uma outra ameaça que ronda os atos sexuais sem que as pessoas se deem conta. Trata-se da fratura peniana.
Na verdade, apesar do que o nome possa sugerir às pessoas, a fratura peniana nada tem a ver com ossos fraturados, já que o pênis não possui osso nenhum. O que se rompe é a túnica albugínea do pênis, uma estrutura fibrosa que envolve os corpos cavernosos do órgão sexual masculino. Essa fratura é mais comum durante o ato sexual, mas pode acontecer também por outros motivos: por exemplo, durante a masturbação, devido a uma queda ou quando o indivíduo rola durante o solo enquanto está tendo uma ereção.
Entre os sintomas mais comuns estão dor intensa, perda da ereção e inchaço no local da fratura.
Há pacientes que relatam ter ouvido um estalo quando houve a ruptura.
Aqui, entra a questão da prevenção: embora a fratura peniana seja razoavelmente rara, um levantamento realizado em três hospitais de Campinas parece indicar que uma posição específica torna mais provável que ela ocorra. (Isto ocorreu em 2015, poderia tentar adicionar uma fonte mais recente, ou algo novo mais atrativo para complementar e trazer novidades ao tema?)
Segundo os pesquisadores, em quase metade dos casos de fratura confirmados entre pessoas que estavam praticando sexo foram aos hospitais pesquisados em busca de ajuda, o homem estava por baixo.
Quase um terço aconteceu quando o homem estava por trás (posição cachorrinho) e pouco mais de um quinto aconteceu quando o homem estava por cima.
A hipótese dos pesquisadores é que, quando a mulher está por cima, com o peso do seu corpo sobre o pênis ereto do homem, ela controla o movimento. Como ela não sente a dor causada no pênis, ela não pode parar o ato sexual logo que haja algum problema com o parceiro.
Já se o homem estiver por cima, ele controla o movimento e pode interromper o aro sexual se sentir alguma dor ou perceber algum problema.
Segundo os pesquisadores, o constrangimento, às vezes, atrasa a busca de ajuda médica, o que pode aumentar as chances de sequelas, como, por exemplo, problemas eréteis e deformação do órgão.