Tem-se visto no dia a dia da equipe hospitalar o empenho para combater a sepse, uma doença com alto índice de mortalidade no Brasil que tem desafiado muitos recursos da medicina atual. O tratamento tem que ser imediato e, para isso ocorrer, são necessários alguns exames.
Como não existe ainda um marcador específico para seu diagnóstico, pode-se utilizar a dosagem do lactato, um exame de baixo custo que tem valor preditivo, uma vez que seus valores alterados estão ligados intimamente à morte tecidual (hipóxia), uma das principais características de sepse.
A Sepse é a evolução da síndrome inflamatória sistêmica (SRIS), ou seja, a reação do organismo a um microrganismo, que pode ser bactéria, vírus ou protozoários, afetando o sistema imune. Muitos doentes imunocomprometidos dos diversos setores têm evoluído para este diagnóstico, mas pode-se destacar a Unidade Pós-Operatória (UPO), Unidades de Terapia Intensiva (UTI) com dados estatístico suficiente para manter alerta.
Os principais sintomas são: febre acima de 38°C, hipotermia abaixo de 36° C, taquicardia maior do que 90 bpm, taquipnéia abaixo de 20rpm, PaCO² abaixo de32 mmhg.
Para um tratamento eficaz é necessário descobrir o foco da infecção, que pode ser diagnosticado em alguns órgãos, como pulmão, fígado, rins, pâncreas etc.
O laboratório clínico é muito importante para auxiliar no diagnóstico. Com exames precisos e confiáveis pode-se prevenir doenças graves, permitindo que o médico possa antecipar o tratamento.
O lactato é utilizado no diagnóstico de sepse e, através dele, pode-se identificar a diminuição de oferta de oxigênio para os tecidos, denominado hipóxia tecidual.
Na ausência de oxigênio, o organismo utiliza uma via metabólica anaeróbica para se obter energia. Com isso, há liberação de lactato na corrente sanguínea.
Este aumento do lactato sérico está ligado as disfunções múltiplas dos órgãos e até mesmo ao prognóstico de morte, o que o torna indispensável em quase toda triagem hospitalar.
Pode-se observar que o seu monitoramento é contínuo nas rotinas e necessário para que todo paciente esteja longe de riscos e receba o tratamento adequado.
Sendo assim, o lactato é o melhor marcador de prognóstico para pacientes com suspeita de sepse, pois, através de suas alterações, é possível de alguma forma verificar a gravidade da doença e administrar medidas terapêuticas para controlar e evitar que pacientes evoluam ao óbito.